Raimundão se complica: caso posto de combustível

A edição desta semana do Jornal do Cariri, na coluna assinada pelo jornalista Donizete Arruda, trás detalhes sobre o suposto esquema de compra de combustível, divulgado amplamente através de redes sociais.

O Ministério Público já está trabalhando no caso, e deverá nos próximos dias chamar o Sr. Carlos Henrique (Posto FP Combustíveis)  e jovem Diego Torquato, que produziu o vídeo que denúncia esquema de lavagem de dinheiro na atual administração municipal de Juazeiro do Norte.

                         

Segundo o jornalista Arruda, um dos promotores admitiu em off que o caso “ é gravíssimo” e tudo terá que ser esclarecido. Diego Torquato e seu pai Carlos Henrique serão convocados a depor. Ou contam tudo que sabem ou se complicarão bastante. A Receita Federal entrará no jogo. Carlos Henrique disse, em entrevista a programa da FM Padre Cícero, do radialista João Hilário, que fatura, por dia, R$ 100 mil. Ou seja, R$ 3 milhões por mês ou R$ 36 milhões por ano. Terá que abrir sua contabilidade, pois haverá pedido de quebra de sigilo bancário tanto de suas empresas, quanto pessoal dele e de seu filho. Há denúncia do vereador Claudio Luz (PT) de que Carlos Henrique financiou as campanhas a prefeito de Raimundão em 2010 e 2012.

Complicando mais ainda o prefeito Raimundo Macêdo, os promotores da Procuradoria de Crimes contra a Administração Pública (Procap) e procuradores do Ministério Público Federal irão indagar do prefeito Raimundão e do empresário Carlos Henrique os motivos que levaram à uma dispensa de licitação – denúncia também do vereador petista Cláudio Luz – no dia 2 de janeiro de 2013, para a aquisição de combustíveis, quando havia uma licitação em vigor. Inexplicavelmente, Raimundão, de ofício, cancela a licitação e faz uma dispensa para beneficiar a FP Combustíveis, coincidentemente, a empresa de combustível que forneceu à sua campanha à prefeitura. Mais coincidência: ao fazer uma licitação de R$ 5,7 milhões, apenas a FP Combustíveis participou do certame e ganhou, logicamente. A Procap e o Ministério Público Federal querem saber porque nenhuma outra firma que vende combustível no Cariri participou do processo licitatório. Com tantas indagações, o MP Estadual vai sugerir que Carlos Henrique faça logo delação premiada junto com o filho Diego Torquato. Sob pena de pagarem sozinhos a conta do escândalo do vídeo que pôs em xeque a administração Raimundo Macedo.



Fonte: Jornal do Cariri e Veja Juazeiro

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