Artesãs se unem para perpetuar tradição

Prestes a completar sete anos de atividades, a Associação das Rendeiras do Bilro de Santana do Cariri está funcionando num dos principais pontos turísticos da cidade.

A Associação das Rendeiras do Bilro de Santana do Cariri é um exemplo de grupo artesão em que mulheres se mobilizam para mudar sua realidade. Desde 2009, doze mulheres dão continuidade a uma tradição bastante presente no litoral do Estado, mas quase esquecida no interior.Prestes a completar sete anos de atividades, a Associação está funcionando num dos principais pontos turísticos da cidade, o Casarão Cultural Coronel Felinto Cruz, recebendo turistas e apreciadores da renda, que podem acompanhar de perto o processo de produção.
Organizadas em cooperativa, essas mulheres buscam o fortalecimento do seu trabalho “para não deixar morrer uma tradição tão bonita”. As rendeiras vêm buscando se qualificar e se aperfeiçoar na arte de tecer rendas de bilro e diversificar a aplicação do conhecimento adquirido criando e produzindo novas peças, como bolsas, toalhas e outros acessórios, além de redes, carro-chefe das produções. As peças, em grande parte, são confeccionadas a partir de encomendas e, após o pagamento das despesas, o lucro é dividido entre as cooperadas.
As rendeiras de Santana do Cariri ressaltam que, acima de tudo, a arte de tecer o bilro é uma atividade prazerosa, feita com dedicação ao longo das gerações. O amor dessas mulheres sertanejas pela sua arte é traduzido nos detalhes cuidadosos em cada peça finalizada.
Segundo a Central de Artesanato do Ceará – Ceart,há quarenta e três grupos deartesanato mapeados na região do Cariri, e desses, vinte e nove são liderados por mulheres. Há ainda, dezesseis artesãos e oito artesãs monitorados pela entidade que trabalham individualmente.


Técnica diferenciada

Trata-se de artesanato em renda de bilro, uma variação da renda, produzida com linha grossa em almofadas grandes, com bilros de macaúba presos num cabo de madeira, cujo desenho é separado por espinhos de mandacaru. As matérias primas utilizadas na produção artesanal são: linhas, fios e tecidos industrializados. Algumas ferramentas são confeccionadas manualmente como o bilro da macaúba, uma haste de madeira onde fica enrolada a linha, com coco catolé na ponta para a rendeira segurá-lo e trocá-lo.


A renda que as artesãs de Santana do Cariri aprenderam, confeccionada com linhas mais grossas, próprias para crochê, ou com barbante natural de algodão ganhou novas formas e novas cores. O resultado é nitidamente diferente das rendas produzidas do litoral cearense, até porque o material utilizado e os pontos que dão forma às peças não são os mesmos e, por isso, elas são mais pesadas e menos maleáveis do que as outras rendas, tendo melhor acabamento. Nada é jogado fora, tudo é aproveitado, até mesmo o resto da matéria prima usada na fabricação de uma determinada peça é utilizado para a criação de outra.

SERVIÇO

Contato:
Toilza – (88)99945-9767
Luiza –(88) 99609-0142
Joana D’arc – (88) 99987-7005
E-mail: projetobilrosc@hotmail.com

Endereço:
Casarão Cultural Coronel Felinto Cruz
Rua Deputado Furtado Leite, S/N, Centro - Santana do Cariri-CE

Assessoria de Imprensa
Cesar Filho – (88)99713-9348

E-mail: cesar.filho36@gmail.com

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