Ceará registrou mais de 300 mortes de mulheres após a lei do feminicídio.



Em março de 2015 entrou em vigor a Lei do Feminicídio, que alterou o código penal para incluir o assassinato de mulheres praticado por razões da condição de sexo feminino como crime hediondo. Mesmo com o rigor da lei, o Ceará não conseguiu frear as mortes de mulheres, e, após pouco mais de um ano da nova lei, o estado já registrou 302 assassinatos. Na maioria dos casos são vidas interrompidas violentamente por motivos banais como ciúme, vingança ou fim de um relacionamento.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) estima que 65% das mulheres assassinadas no Ceará sejam vítimas de crimes passionais. A cada 10 mulheres mortas, seis são vítimas de feminicídio, cometidos por namorados, maridos ou ex-companheiros. Os outros assassinatos ocorrem por envolvimento com a criminalidade ou outros motivos, que se configuram como homicídio.

De acordo com a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), delegada Rena Gomes,  histórias de crimes motivados pela relação perigosa entre amor e ódio têm se tornado cada vez mais frequente no Ceará. Dentre as causas de tragédias familiares estão o ciúme, as brigas conjugais ou a não aceitação do fim de um relacionamento.

“O que se leva aos crimes de feminicídio é a questão da violência doméstica, atrelada, muitas vezes, ao fim de um relacionamento. O homem não aceita ser contrariado pelo fim de um relacionamento, pois ele entende que a mulher é posse dele e que pode fazer o que bem entender. Essa motivação passional pode levar ao cometimento dos crimes”, afirmou.

Com G1

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