Prefeito de Barbalha desafia o Ministério Público e pode sofrer primeira ação judicial




Ao nomear a ex-vereadora e ex-secretária Valdênia Cruz para a Educação, o prefeito Argemiro Sampaio (PSDB) de Barbalha parecia estar dentro da normalidade.

Embora ela tenha contas desaprovadas como gestora, não tem improbidade administrativa e tem experiência no cargo. Até aí, nada demais.

O problema é que o prefeito anunciou Valdênia como interina, o que causou espanto pelo fato de ser a Educação a secretaria mais importante, com o maior volume de dinheiro e o maior número de pessoas.

Mais espanto ainda o prefeito causou quando o que se vê é que Valdênia nada apita na secretaria porque o secretário de fato é o ficha suja Marcondes Landim, cujo nome consta da lista do TCM com improbidade administrativa pelo mesmo cargo, que assumiu na época do então prefeito Rommel Feijó. Nos bastidores, fala-se que ele está tentando reverter o parecer do TCM.

Marcondes é de fato o secretário que dá expediente, comanda as reuniões e nem sequer camufla, pois está aos olhos e ouvidos de todos. Em suma, Valdênia é a secretária de direito e Marcondes de fato.

Isso já seria feio mesmo que Marcondes fosse ficha limpa. Afinal não seria sério ver uma pessoa assinando e outra escandalosamente mandando. Aliás, Marcondes é também diretor de uma faculdade em Juazeiro do Norte, o que torna esta acumulação de cargos difícil de explicar.

Além disso, já existem relatos de maus tratos a funcionários efetivos adversários por parte do “secretário”.
Pior de tudo é que o prefeito Argemiro Sampaio desobedece uma recomendação dos três promotores do Ministério Público em Barbalha, André Luiz Simões Jácome, Francisco das Chagas da Silva e Klecyus Weyne de Oliveira Costa. No início de dezembro, os três promotores oficiaram ao então prefeito eleito, recomendando que se abstivesse de nomear pessoas portadoras de contas desaprovadas com improbidade administrativa.

No documento, os promotores informaram ao prefeito que a inobservância da recomendação acarretará a adoção de todas as medidas judiciais e extrajudiciais pelo Ministério Público.

Quanto ao secretário ser de direito ou abertamente de fato, a desobediência do prefeito é a mesma. Isso mostra que o prefeito Argemiro Sampaio está mesmo disposto a enfrentar a primeira ação judicial na volta do recesso do Ministério Público Estadual.

Por: Flávio Pinto.

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