Diminui a procura por carnes industrializadas em Juazeiro do Norte




Após a divulgação da operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal (PF), que durante dois anos investigou um esquema de comercialização de carnes sem a devida fiscalização sanitária, muitos consumidores estão deixando de comprar carnes e embutidos industrializados e optando pelo produto fresco, cortada na hora. Nos supermercados, os comerciantes investem em promoção para tentar atrair a clientela, que ficou receosa após os escândalos.


A enfermeira Maria Lúcia Amância costumava comprar carne para 15 dias e, por isso, optava pelas industrializadas. “Como as industrializadas têm um prazo de validade maior, eu acaba adquirindo elas para ir ao supermercado apenas duas vezes ao mês. Enchia o carrinho com embutidos e carne moída de marcas que eu confiava. Após as denúncias fiquei receosa. Agora, estou comprando no mercado mesmo. Escolho a carne e peço para cortarem na hora. Eu supervisionando tudo. Não levo mais carne embalada a vácuo para casa”, afirma Maria Lúcia.


O comerciante José Paulo Noronha conta que percebeu uma leve queda nas vendas. “Eu vendo tanto carne fresca como também industrializada. Tivemos uma queda na venda dos embutidos e de carne industrializa. Eu até já baixei o preço. Tem gente que chega ao meu comércio e pergunta se a linguiça foi feita com carne da cabeça do porco ou se tem papelão na carne. É complicado. Após a divulgação da operação, eu decidi comprar apenas carne fresca para revender e, mesmo assim, em menor quantidade para não ficar no prejuízo”, conta o comerciante.


No Mercado Gonzaga Mota, conhecido como Mercado do Pirajá, em Juazeiro do Norte, os permissionários contam que a procura por carne fresca aumentou na última semana. “Muita gente tem chegado ao meu box dizendo que agora só vai comprar carne fresca. Isso tem ajudado a gente, principalmente neste período de Quaresma, quando as vendas costumam cair. Aqui, o cliente escolhe a carne. Se quiser ela moída, a gente prepara na hora. Faço questão de vender um produto de qualidade ao meu cliente”, diz o permissionário Francisco Silva.

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