A constante falta de energia prejudica as atividades em boa parte dos boxes, principalmente em bares e restaurantes.
Permissionários do Centro de Apoio aos Romeiros, em Juazeiro
do Norte, denunciam o precário funcionamento de alguns setores do local. A
constante falta de energia prejudica as atividades em boa parte dos boxes,
principalmente em bares e restaurantes. “Quem trabalha com alimentos tem
prejuízo todas as vezes que isso acontece. Com exceção das bebidas, carnes e
outros gêneros alimentícios não podem ser reaproveitados”, diz a comerciante
Letícia Pereira. A vendedora alega, ainda, que já teve aparelhos eletrônicos
danificados devido à queda de energia, problema que se arrasta desde a
inauguração do local. Segundo ela, cada permissionário paga R$60, mensalmente,
por cada box alugado. “Esse pagamento deveria ser feito em um banco e não em
mãos, na própria associação, porque a gente não sabe em que esse dinheiro está sendo
utilizado. A gente paga e a associação nos fornece apenas um recibo, que não é
nem timbrado. À noite, a gente fecha cedo, porque não existe qualquer
iluminação no teto. Gostaria muito que o prefeito Arnon Bezerra nos ajudasse.
Estamos praticamente abandonados”, desabafa Letícia. O consumo mensal de
energia gira em torno de R$ 5 mil, mas nem todos os permissionários colaboram
com o pagamento, pois não existe contador individual, como acontece nos
mercados Governador Adauto Bezerra, José Teófilo Machado (Senhora Santana) e
outros. “O problema é que alguns permissionários pagam e outros não,
complicando ainda mais a situação. O ideal seria acabar com o atual sistema de
pagamento comunitário de energia e instalar contador individual em todos os
boxes. Para se ter uma ideia, em fevereiro, por exemplo, nós pagamos R$
5.051,00 de energia, que não corre risco de ser cortada, como dizem por aí”,
observa a presidente da Associação dos Permissionários do Centro de Apoio aos
Romeiros (APECAR), Iranir Lopes, lembrando que em torno de 80% dos
permissionários estão inadimplentes. Ela reconhece a situação, mas diz que já
fez reivindicação para que seja aumentada a potência da energia, confirmando os
prejuízos dos permissionários em virtude da instabilidade. “Nós, inclusive, já
entregamos em mãos ao ex-governador Cid Gomes, pouco antes dele deixar o
Governo, em 2014, um documento no qual constava uma série de melhorias para o
Centro, principalmente, com relação à parte das instalações elétricas, mas não
tivemos qualquer resposta neste sentido. Nós aguardamos uma atitude diferente
do atual governador Camilo Santana”, comenta. A presidente aponta, ainda, que
dos 1.040 boxes do Centro de Apoio aos Romeiros, cerca de 90% estão fechados,
por não atrair interesses de comerciantes, pois a maioria deles, segundo ela,
permanece temporariamente somente nos perí- odos das romarias
Jornal do Cariri
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