CPMA apreende 280 animais silvestres no 1º trimestre



A 4ª Companhia do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente, com sede em Juazeiro do Norte, registra altos números de apreensões de animais silvestres em cativeiro. Somente este ano, quase 300 animais já foram capturados em residências, sítios e fazendas da área coberta pelo órgão, que abrange 72 municípios, tanto da região do Cariri como de outras regi- ões cearenses. No último ano, foram 1.080 espécimes.

Apreensões de armas também integram as ações da Companhia, que já apreendeu 42 armas de fogo desde o início do ano. Em 2016, foram 276. De acordo com Paulo Yrtonny, subtenente da PM lotado na 4ª Companhia, 80% de todo o trabalho se devem às fiscaliza- ções nas áreas mapeadas como “de caça”. O restante das ações é fruto de denúncia feita por pessoas através de redes sociais, por meio do telefone do quartel (88 3102-1126) ou ainda pelo seu telefone pessoal (88 99937- 7389). “As pessoas podem confiar que vai ser mantido o sigilo da informação”, enfatiza, informando que, após isso, é feito um trabalho de levantamento para verificar se a denúncia é verdadeira. Por cada animal apreendido em posse irregular, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estipula uma multa de R$500,00 a R$5 mil, que deve ser paga pelo autor do crime ambiental.

 O trabalho da Polícia Ambiental no Cariri é uma modalidade que se destina à apuração e prevenção dos crimes ambientais tipificados na Lei 9605/98. Entre eles estão crimes contra a fauna, como perseguir, matar, criar animais silvestres em cativeiro, e crimes contra a flora, como desmatamento, transporte de lenha e de carvão, além de poluição de rios e mananciais. Poluição sonora também se enquadra entre crimes ambientais, assim como a perturbação do sossego alheio. Os animais mais comumente apreendidos são os pássaros silvestres, a exemplo do Galo da Campina, Azulão, Gola, Periquito do Sertão, Canário da Terra, Graúna e Sabiá, mais comumente encontrados em residências. São apreendidos, ainda, pássaros mais difíceis de serem encontrados, como Asa Branca, Juriti e Curió.


Os animais, após a quarentena, são soltos na natureza, em local específico a ser definido pelo Ibama, ou podem ser entregues às pessoas autorizadas pelo Instituto a fazer soltura em suas propriedades, que geralmente é uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN). Ao todo, o efetivo no Cariri conta com 35 policiais divididos em quatro equipes. Uma viatura dá cobertura aos 72 municípios da circunscrição, que se estende até Tauá e Momba- ça. Dali para o sul do Estado, as atribuições de fiscalização, prevenção e repressão são de incumbência da Polícia Militar Ambiental de Juazeiro do Norte. “A gente quer desmistificar que cidadão é só aquele que não mata e não rouba. Ser cidadão é muito mais que isso. É você dar exemplos de educa- ção, ética, cidadania, de respeito ao próximo, a si e à natureza. A gente está desempenhando esse papel e, graças a Deus, a sociedade está vendo com bons olhos”, completa

Jornal do Cariri

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