Ministério da Educação define a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)




Em Brasília, o Ministério da Educação apresentou nesta quinta (6) a Base Nacional Comum Curricular. O texto entregue ao Conselho Nacional de Educação trata da educação infantil e do Ensino Fundamental.
Os alunos de uma turma que está no primeiro ano do Ensino Fundamental têm seis anos. As letras e os números já fazem parte da rotina. A professora também ensina noções de espaço, da cidade onde eles moram e de tempo com o calendário e tudo isso está previsto na base curricular.
Miguel tem 6 anos e já consegue ler, mas não é assim em todas as escolas do país. O Plano Nacional de Educação tem como meta alfabetizar as crianças até o terceiro ano do Ensino Fundamental, quando elas têm, em média, oito anos. Só que uma avaliação do Ministério da Educação, feita em 2014 com estudantes do terceiro ano do Ensino Fundamental de escolas públicas, 34,4% deles tiveram rendimento insuficiente em escrita.
A Base Nacional Comum Curricular entregue nesta quinta-feira (6) pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação coloca como foco a alfabetização mais cedo, nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, o que antecipa para sete anos, idade média.
“A gente está assegurando o mesmo direito para crianças que estudam nas melhores escolas também para as escolas públicas, gerando mais equidade para todas as crianças do Brasil”, explica Mendonça Filho, ministro da Educação.
A base curricular inclui todos os conhecimentos e habilidades que o estudante deve aprender, da educação infantil até o nono ano do Ensino Fundamental e estabelece qual é o conteúdo essencial que deve ser seguido pelas escolas públicas e particulares. A expectativa é que os colégios comecem a adotar a nova base a partir de 2019.
Todas as disciplinas foram mantidas. No Ensino Fundamental, são quatro áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
Para o especialista em educação Denis Mizne, a base nacional vai nortear a educação básica no país.
“Os pais passam a saber o que o filho tem direito de aprender na escola. Os professores passam a saber o que é esperado deles em sala de aula e o país passa a ter um rumo para sua educação. A base é essencial. Não existe país, sistema educacional bem sucedido no mundo que não tenha uma base clara do que é esperado que o aluno aprenda. Agora o Brasil pode participar dessa discussão e entrar nesse caminho”.

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