As câmaras de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha terminam o mês de agosto com debates acalorados, tensões internas e desconfianças em substituições.
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Os vereadores levantaram temas como or- çamento impositivo, pediram
substituição de lideranças e se revezaram para abrir espaços para suplentes. A
Câmara de Barbalha viveu o maior tensionamento. Na sessão do dia 21, os
parlamentares confirmaram o veto do prefeito Argemiro Sampaio (PSDB) à emenda
do Orçamento Impositivo, aprovado pela Casa durante apreciação da Lei de
Diretrizes Orçamentárias do Município (LDO). Para derrubar o veto, seriam
necessários 10 votos. Oito vereadores votaram contra o veto. Segundo a
Procuradoria Geral do Município houve divergência da emenda com a Constituição
Federal e, por isso, o veto. O presidente da Câmara, vereador Veve Siqueira
(PP), ressaltou que o projeto já tinha sido aprovado na legislatura passada e
está em curso. Para Veve, a emenda era apenas uma reafirmação da presença do
orçamento impositivo para o próximo ano, o que, segundo ele, se torna
irrelevante constar a previsão de 50% para a Saúde e 50% em aberto, como pede a
Constituição. “A emenda foi justamente para colocar os outros 50% para ações e
serviços pú- blicos, já que a Constituição prevê apenas os 50% da Saú- de,”
disse Veve, ressaltando que o projeto corre o risco de perder a validade. Sobre
a polêmica, o prefeito Argemiro Sampaio revela que seguiu orientação da
Procuradoria, mas adianta que, com relação ao orçamento impositivo aprovado no
ano passado, já cumpriu mais de 60% das indicações dos parlamentares. Argemiro
disse, ainda, que não é contra o orçamento impositivo e espera que o problema
seja corrigido. Na Câmara de Crato, a sessão do dia 22 de agosto revelou um
clima tenso na base do prefeito Zé Ailton Brasil (PP). Durante a sessão, houve
desentendimento entre os vereadores Bebeto Anastácio (PTN) e o líder do
Governo, vereador Renan Almeida (PEN). No calor da discussão, Bebeto fez um
duro pronunciamento, pedindo para que o líder do prefeito entregasse o cargo.
Para Bebeto, o líder não tem levado as demandas da população e dos vereadores
ao chefe do Executivo cratense, o que estaria dificultando o trabalho dos
parlamentares cratenses. Renan preferiu não responder diretamente as acusações.
Apenas afirmou que a escolha do cargo é do prefeito e não de outros vereadores.
Renan disse que não entrega o cargo e orientou que Bebeto fosse sugerir a substituição
ao próprio prefeito. Zé Ailton não se manifestou sobre a crise na sua base. Na
Câmara de Juazeiro, um das discussões da semana foi a substituição de dois
vereadores. Valmir Domingos (PPS) e Aninha Teles (PDT) se licenciaram,
assumindo os suplentes Beto Primo (PPS) e Diogo Machado (PDT), respectivamente.
Segundo informações, nos próximos meses, pelo menos mais dois vereadores devem
se licenciar dos trabalhos legislativos. Claudionor Mota (PMN) é um dos nomes
que devem se afastar para tratamento de saúde. Os parlamentares enfrentam a
suspeita de que as licenças foram programadas e ocorrem para beneficiar colegas
de coligação. O vereador Beto Primo anunciou que atuará como base do prefeito
Arnon Bezerra. Diogo Machado disse que dará o seu melhor para o desenvolvimento
de Juazeiro. Diogo é genro do ex- -candidato a prefeito Gilmar Bender (PDT).
Jornal do Cariri
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