Prevenção ao suicídio é tema de campanha



Rodas de conversa, seminários e fóruns de debate sobre suicídio fazem parte das ações que acontecem, até o final deste mês, no Cariri. A programação faz parte do Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que tem como meta alertar a população a respeito da realidade do tema e suas formas de prevenção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no mundo, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio.
Já no Brasil, o suicídio mata pelo menos uma pessoa a cada 45 minutos, mais do que a Aids e alguns tipos de câncer, e pode ser prevenido em nove de cada dez casos. A Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr) aponta que o país é o oitavo do mundo em número de suicí- dios. Entre os anos de 2000 e 2012, houve aumento de 10,4% na quantidade de mortes, das quais mais de 30% foram cometidas entre jovens. O número, segundo a psiquiatra Maria Dilma, presidente da Associação, pode aumentar em até 50% até o ano de 2020.
De acordo com a psicóloga Vanessa Cruz, o suicídio pode ser interpretado como um gesto caracterizado por dificuldade de enfrentamento aos conflitos existentes, assim como dificuldade de encontrar soluções criativas que ajudem o sujeito a resolver seus problemas. Como explicou, para ajudar uma pessoa com depressão é importante ter paciência, ser acolhedor ao sofrimento do outro. “É de extrema importância orientar e acompanhar também os familiares para que fiquem o mais próximo possível do consulente”, destaca. A intenção é proporcionar um ambiente seguro e acolhedor, evitando que o indivíduo fique sozinho. “Por isso, a família é peça fundamental frente a essa demanda”, completa a psicóloga. De acordo com Vanessa, a pessoa com depressão deve procurar, inicialmente, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Lá, o paciente terá acompanhamento clínico para que consiga obter melhor qualidade no seu ambiente de trabalho, familiar, lazer, entre outros. Ela aponta, inclusive, a necessidade se falar sobre o assunto. “Se faz necessário compreender que o suicídio é uma questão de saúde pública e que envolve multiprofissionais que podem e devem trabalhar em prol da prevenção do suicídio e, principalmente, acolhimento às pessoas que vivem algum sofrimento inespecífico, mas que encontram como resolução a busca pelo fim da vida.”              

(Jornal do Cariri)

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