Estudo: brasileiros entendem que governo deve proteger os mais pobres



Uma pesquisa do movimento Agora! em parceria com o instituto Ideia Big Data, que ouviu 3.000 brasileiros, mostra que a maioria da população defende que o governo deve proteger os mais pobres (86,4%) e garantir igualdade de oportunidades para os cidadãos (93%). Na mesma linha, o levantamento mostrou que 84,5% dos entrevistados concorda que é fundamental ter um(a) presidente que saiba escutar os mais pobres.Ainda segundo o estudo, 91,1% dos entrevistados acreditam que a tecnologia deve ser usada para dar mais transparência aos serviços públicos, enquanto 84,6% querem participar mais das decisões públicas. Segundo o CEO do Ideia Big Data Mauricio Moura, as duas respostas caminham juntas:“Atualmente a maioria dos brasileiros se sente distante da classe política e incapaz de interferir na agenda pública. Por isso, a maioria cobra por mais transparência, inclusive usando a tecnologia para romper barreiras. Assim, os brasileiros acreditam que poderão participar mais do processo de decisão política, já que isso interfere diretamente na realidade de todo mundo”, explica Moura.O estudo também questionou os entrevistados sobre temas como cotas nas universidades públicas, aborto, legalização de drogas, direitos humanos etc. Para realizar o levantamento, o Ideia Big Data ouviu presencialmente 3.000 pessoas, em 38 cidades de todos os estados brasileiros, entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro.“A pesquisa revela fundamentalmente duas perspectivas interessantes do ponto de vista sociológico. A primeira é sob o prisma da fotografia – representando o hoje: reflete uma sociedade dividida em termos de conservadorismo: mais aberta a alguns temas como casamento gay e igualdade de oportunidades mas “repressiva” quando o assunto é lidar com bandidos. Por outro lado, sob a um leitura histórica temos uma sociedade em movimento. Muitos valores seguem mudando e a pesquisa explicita isso. Um exemplo é a maior percepção favorável da sociedade brasileira em relação a política de cotas (algo impensável há 10 anos atrás) ou a sensação crescente que drogas são um tema de saúde e não somente de polícia”, avalia Maurício Moura.

Fonte: Notícias ao Minuto

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