Número de mortes por influenza chega a 53 no Ceará

No Ceará, o número de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo vírus da influenza cresceu 35% em uma semana. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria da Saúde (Sesa), há 53 óbitos confirmados (42 por H1N1) e outros oito em investigação. São 337 casos registrados e 156 em análise. No penúltimo relatório, semana passada, constavam 39 mortes confirmadas e 19 em apuração.
No entanto, a Sesa esclareceu que não houve novo registro de óbito esta semana e que a última morte aconteceu na semana entre 29 de abril e 5 de maio.
A uma semana do encerramento da Campanha Nacional de Vacinação, com 82,39% da população prioritária imunizada, o Estado deve, agora, concentrar esforços para buscar aqueles do grupo prioritário que, por alguma razão, ainda não tomaram a imunização. Mesmo assim, a Sesa espera cumprir no dia 1º de junho a meta de 90% de cobertura.
Segundo a coordenadora estadual de imunização, Ana Vilma Leite, a recomendação é de que os municípios utilizem os agentes comunitários de saúde para ir às casas das pessoas concluir a vacinação do grupo prioritário (crianças até cinco anos, idosos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e professores). "Tem vacina em todos os municípios", garantiu.
Ela afirma ainda que, atualmente, 57 municípios cearenses estão com cobertura igual ou maior que 90%. Ao mesmo tempo em que 104 municípios estão com cobertura igual ou maior que 70% e menor que 90% e 23 estão abaixo de 70%.
"Não vai sobrar vacina. Não vamos receber (do Ministério da Saúde) cota extra", assegurou. No entanto, ela acredita que, imunizando o grupo mais suscetível a contrair a doença, "acaba a circulação do vírus e, consequentemente, as pessoas que não tomaram a vacina também são protegidas".
Fortaleza, que está com 81% da cobertura vacinal, tem encontrado dificuldade para imunizar crianças e idosos, segundo a coordenadora municipal de imunização, Vanessa Soldatelli. Por causa disso, a estratégia da Prefeitura para alcançar a meta deve seguir a recomendação d0 Estado. "Ir atrás nas creches, escolas, associações de aposentados", exemplificou a gestora.
Por causa disso, adiantou, devem ser reduzidos os estoques nos postos de saúde. Ela classifica como quase impossível a distribuição de possíveis sobras da vacina a grupos não prioritários, pois o Ministério da Saúde teria enviado a quantidade delimitada ao público-alvo.            (O Povo)


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