Tite abre período para criar variações e evitar erros antigos


 Olhar para o banco de reservas em momento de dificuldade e não encontrar respostas foi uma realidade para a seleção brasileira nas últimas duas Copas do Mundo.Após priorizar a busca por resultados em seus dois primeiros anos de trabalho, o técnico Tite entende que é possível afirmar alternativas agora que possui seu mais longo período de treinamentos com os atletas. A passagem por Londres é uma chave para isso.

Até o amistoso contra a Croácia, no próximo domingo (3) em Liverpool, e depois diante da Áustria, em Viena, no dia 9, o treinador quer aproveitar treinamentos para colocar em prática algumas experiências ainda não realizadas. E, além disso, reforçar os testes mais importantes que fez em março. A ideia de Tite é chegar à Rússia com mais cartas na manga do que possui até aqui.

O principal motivo para esse tipo de preocupação é o tipo de jogo que Tite espera que a seleção encontre em vários momentos na Copa: rivais muito fechados à defesa, pouco espaço para os brasileiros trabalharem e, eventualmente, até linha com cinco defensores. Logo, a ideia do treinador é ter o máximo de opções para explorar pontos vulneráveis dos rivais.

Em 2010, com reservas em quem não demonstrava confiança -Nilmar, Júlio Baptista e Grafite-, Dunga viu o Brasil ser eliminado pela Holanda com desvantagem no placar e substituição por fazer. Em termos táticos, também não tinha variações significativas em relação ao plano original.Felipão, em 2014, viveu situação semelhante com Hernanes e Jô e resolveu escalar Bernard, contra a Alemanha, depois de treinar outras opções na véspera. A única mudança de sistema era a inversão de posicionamento de Neymar, que saía da ponta para o centro, com Oscar, que fazia o inverso.

Um dos objetivos de Tite é reafirmar as duas alternativas táticas já trabalhadas. Na formação base, Renato Augusto joga como meia ao lado de Paulinho, Coutinho ocupa a ponta direita, e Neymar, a ponta esquerda. Para deixar o time mais defensivo, Tite pode escalar Fernandinho na vaga de Renato Augusto. Ou, para ser mais ofensivo, ter Coutinho como esse meia e assim escalar um ponta mais incisivo -Willian é a primeira opção.

O treinador ainda estuda uma formação com dois atacantes, o que seria a mudança mais 'radical' em relação ao atual padrão. Tite quer ver como Gabriel Jesus se comportaria com mais um atacante pelo centro. Nesse caso, há duas opções de companheiros: Firmino, na vaga de um dos meio-campistas, ou Neymar, que sairia da ponta para trabalhar de maneira semelhante à que jogou na Olimpíada -esta opção permitiria a escalação de Willian, Douglas Costa ou Taison.

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Nos treinamentos, o treinador da seleção ainda pretende avaliar a versatilidade de Taison, que pode abrir um leque de opções no banco de reservas. Além de poder jogar regularmente como ponta pelos dois lados, o jogador do Shakhtar pode ser um meia-atacante para quando o treinador quiser jogar com o sistema 4-2-3-1, opção mais ofensiva que a original do 4-1-4-1.Outro que terá a polivalência testada é Fred, também jogador do Shakhtar. Para a comissão técnica, ele oferece muitas opções em uma área mais recuada do meio-campo. Sem muitos minutos na atual seleção, tem sido bastante experimentado por Tite em atividades com jogadores titulares ao lado. Ele pode ser reserva nas funções de Casemiro, Paulinho e Renato Augusto e impressionou a comissão técnica pelo seu desempenho em treinamentos. (Folhapress)

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