Acusado de assédio, Casey Affleck imagina mundo sem mulheres em filme


GUILHERME GENESTRETI – Parece piada pronta. Após ser chamuscado por denúncias de assédio sexual, o ator Casey Affleck decidiu dirigir um filme apocalíptico ambientado num mundo sem mulheres – ou melhor, num cenário pós-pandemia que dizimou praticamente todas as mulheres.Todas, menos uma: Rag, a filha que o sujeito interpretado pelo próprio Affleck precisa defender em “Light of my Life”, que estreou na programação do Festival de Berlim.

O tom da trama, calcado na sobrevivência dos dois personagens, é redentor e pende para uma ode ao poder feminino.Isso não passou despercebido pela imprensa internacional, que questionou se o longa representava uma espécie de autocrítica por parte do ator/diretor. Ele disse que não.“A ideia para esse projeto veio antes de todos esses debates.

Ainda bem. Porque pude escrever a trama da forma mais pura possível, mas não posso controlar a forma como vão encarar esse filme”, disse ele, que venceu o Oscar por sua atuação em “Manchester à Beira-Mar”.Em 2017, às vésperas de ganhar o prêmio, Affleck se viu envolvido em uma série de acusações de assédio, da época em que ele dirigiu “Eu Ainda Estou Aqui”, de 2010.

Uma produtora e uma diretora de fotografia afirmaram que ele se insinuou para elas durante as gravações e surpreendeu a segunda trajando apenas cueca. Em agosto, ele pediu perdão: “Me comportei de forma antiprofissional”. O tema voltou a reverberar em Berlim.

Um repórter da revista americana Variety questionou se ele havia mudado a forma de se comportar no set.Quando ele ia responder, seu produtor, que estava do lado tomou o microfone: “Ele foi muito cuidadoso e respeitoso com todos”, disse Teddy Schwarzman. Com informações da Folhapress.  
 Fonte: notícias ao minuto 

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