Mulheres ganham R$ 529 menos que os homens no Brasil


Em 2016 o IBGE constatou a menor diferença salarial entre
homens e mulheres, de R$ 471,10. Elas ganhavam 19,2%
menos que os homens FOTO: Honório Barbosa
A desigualdade salarial entre homens e mulheres caiu entre os anos de 2012 e 2018, mas elas seguem ganhando menos que os homens no País.

De acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), as mulheres ganham 20,5% menos que eles. Em números absolutos, a diferença é de R$ 529.

De acordo com a pesquisa, no quarto trimestre de 2018, levando em consideração as pessoas com idade entre 25 e 49 anos, os homens tinham rendimento médio mensal de R$ 2.579 e as mulheres recebiam, em média, por mês, R$ 2.050.
R$ 2.050 é o rendimento médio mensal das mulheres, 20,5% abaixo do que os homens recebem, de acordo com o IBGE
Em 2016 o IBGE constatou a menor diferença salarial entre homens e mulheres, de R$ 471,10. Elas ganhavam 19,2% menos que os homens.

Conforme o Instituto, a diferença de rendimentos está associada ao menor valor da hora trabalhada recebido pelas mulheres (elas recebem R$ 13 enquanto os homens recebem R$ 14,20). Elas também trabalham menos horas (37h54min) que os homens (42h24min), mas de acordo com a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a jornada não reflete o esforço da mulher na rotina.

“A menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com pessoas”, detalha Adriana.
Mulher negraDe acordo com o IBGE, a mulher branca recebe, em média, 76,2% do rendimento médio de um homem branco.

Já a mulher de cor parda ou preta recebe 80,1% do homem pardo ou preto. “A menor desigualdade entre rendimentos de pretos e pardos pode estar relacionada ao fato de essa população ter maior participação em ocupações de rendimentos mais baixos, muitas vezes, baseadas em pisco mínimo. Esse comportamento ocorreu em todos os anos, de 2012 até 2018”.   

  (Diário do Nordeste)

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