Ampliação de acesso à internet criará novas oportunidades ao Ceará


O desuso dos telefones públicos e a crescente demanda pelo
serviço móvel motivaram a mudança. FOTO: Bruno Gomes
A substituição de orelhões por antenas compatíveis com a tecnologia 4G e banda larga, especialmente, no interior do Ceará, deve alavancar a economia de 110 localidades em 67 municípios.

Segundo um decreto do ano passado da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a principal alteração é a instalação desses equipamentos onde a tecnologia ainda não está disponível. As constatações do contínuo desuso dos telefones públicos e da crescente demanda pela ampliação da cobertura do serviço móvel motivaram essa mudança.

Com o novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) ocorre o fim da obrigação de a concessionária instalar e manter um orelhão a cada 300 metros (distância) e quatro orelhões para cada mil habitantes (densidade).
Agora, nas localidades com mais de 300 habitantes, as concessionárias de telefonia fixa na modalidade local devem, mediante solicitação, implantar acessos individuais no prazo de até 120 dias.

NegóciosPara o gerente regional da Anatel no Ceará, Gilberto Studart, o plano vai motivar novos negócios nas localidades onde antes não havia acesso à internet. “A gente tem o objetivo de fazer com que a sociedade tenha acesso a esses serviços. Só que hoje é muito mais importante que as comunidades sejam atendidas pelos serviços de banda larga. Internet hoje tem um peso muito grande na vida das pessoas.

O que a Anatel puder fazer para viabilizar o uso dessas tecnologias de banda larga para as comunidades desassistidas nós vamos fazer. Os planos que a gente tem feito, esse plano estrutural de rede de telecomunicações, já prevê tudo isso”, avalia o gerente.
De acordo com ele, com o acesso à internet haverá consequentemente o aparecimento de negócios inéditos.

“Surgem novas modalidades, há uma alavancagem da economia na região, aparecem oportunidades. A penetração da internet é extremamente relevante para o Estado. Hoje, nós temos em termos de usuários de serviço móvel pessoal, que é o celular, o principal meio de acesso das pessoas à internet. Apesar de a banda larga ter avançado muito, está presente em praticamente 900 mil lares no Ceará, ainda é preciso fazer um pouco mais”, completa.

Studart acredita que o acesso à internet muda a realidade social de comunidades, uma vez que as pessoas criarão vínculos econômicos, por meio de novas oportunidades de negócios, e sociais. “As pessoas adquirem conhecimento, educação, podem fazer uso de formas do comércio eletrônico, serviços bancários, internet banking. Todos esses serviços são relativos à penetração em massa da internet”.

O gerente ressalta também que, hoje, as pessoas estão mais interessadas por este tipo de serviço do que pelos telefones públicos. “Eles (orelhões) são uma realidade de anos atrás. Hoje, as coisas mudaram. Então, o foco passou a ser agora a massificação dos acessos à banda larga e de serviços de telefonia móvel que façam com que seja possível usar a internet”. 

   (Diário do Nordeste)

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