O falso médico preso em Fortaleza nesta sexta-feira (20) usava o pseudônimo de “Érico Heisenberg”, inspirado no personagem da série de televisão norte-americana “Breaking Bad”. De acordo com o delegado Eduardo Tomé, responsável pelo caso, Érico Rodrigues Costa já usava o nome falso há, pelo menos, dois anos, e revelou a origem do nome. Ele se passava por médico nas redes sociais, e a polícia investiga se chegou a realizar consultas ou cirurgias.
A prisão foi feita pela Delegacia de Defraudações e Falsificações, e as investigações já aconteciam há um ano e quatro meses, quando a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica o denunciou por suspeita de falsa identidade médica.
Érico atuava em diversos hospitais de Fortaleza como maqueiro, o que facilitava o acesso a áreas restritas das unidades hospitalares. Ele tirava fotos nos centros cirúrgicos para se fingir de médico.
De acordo com a Polícia Civil, Érico Rodrigues se apresentava como cirurgião plástico e negociava consultas em sites especializados em cirurgia plástica. Ele também exibia fotos em redes sociais utilizando jaleco, estetoscópios e roupas cirúrgicas.
Em seu perfil no Instagram, é possível ver diversas fotos de Érico com jaleco, geralmente acompanhadas de legendas com mensagens motivacionais, como “Ser feliz. Não aceite menos que isso!”, ou “Se eu não achar um caminho, eu faço um”.
As postagens trazem ainda trechos de obras de diversos autores, bem como partes de shows de cantores e bandas reconhecidas.
Contatos com pacientes
A polícia não comprovou se Érico atendeu efetivamente qualquer paciente. O suspeito, inclusive, nega que tenha atuado efetivamente como médico. Contudo, caso alguém tenha sido enganado pelo maqueiro, ou tenha feito alguma consulta virtual, a Delegacia de Defraudações permanece recebendo denúncias.
Ele foi preso em uma operação realizada na manhã desta sexta-feira comandada pela delegada Kamilly Távora e foi levado para a Delegacia de Defraudações, no Bairro Aeroporto, onde foi autuado por crime de falsidade ideológica e estelionato.
Documentos como um contracheque no qual Érico assinava como médico residente e um telefone celular foram apreendidos e encaminhados para a delegacia.
Fonte Badalo