Pesquisa realizada em Crato avalia uso de alho na alimentação de bovinos


O estudante Cícero Brito e o professor Marcus Góes fazem
parte do Núcleo de Ensino e Extensão em Ruminantes.
FOTO: Alissa Carvalho
Uma pesquisa do Núcleo de Ensino e Extensão em Ruminantes do campus de Crato do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) vai avaliar o uso do alho para o controle de endo e ectoparasitas em bovinos. O objetivo é desenvolver um bloco multinutricional com o alimento.

A pesquisa está em sua primeira fase: a avaliação do grau de infestação por carrapatos do rebanho da instituição. Nessa fase, os estudantes do Núcleo contam os parasitas em cada animal.

Depois, os animais serão divididos em um grupo que receberá o bloco com adição de alho em pó e outro grupo que receberá o bloco sem alho, funcionando como controle. Ao todo, a pesquisa tem duração prevista de 50 dias.

“Nós vamos soltar esse gado na roça por um determinado período de tempo, colocar o bloco nutricional com adição de alho à disposição deles e avaliar a influência na quantidade de carrapatos e da mosca do chifre”, explica Cícero Brito, que é estudante de Zootecnia e bolsista de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) do IFCE.

Segundo o professor Marcus Góes, que orienta a pesquisa, a comparação entre o grau de infestação dos dois grupos vai tornar possível a avaliação da eficiência do produto no combate aos parasitas.

Com minerais essenciais para o desenvolvimento animal, complemento energético e de proteína, a receita do bloco multinutricional utilizado na pesquisa foi desenvolvida pela Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA).

Agora, o Núcleo de Ensino e Extensão em Ruminantes do campus de Crato modifica o bloco para acrescentar o alho em pó comercial.
O professor Marcus Góes explica que o alho já é utilizado por produtores para o controle de carrapatos, mas o objetivo da pesquisa é mudar sua forma de consumo: “A inovação é trabalhar com o produto pronto. Com o bloco multinutricional, você facilita o manejo do animal. Há alguns ingredientes no bloco que melhoram a palatabilidade, o que aumenta a quantidade de produto ingerido pelo animal. Quando o animal ingere mais, é possível ter uma eficiência maior para o produtor somente modificando a forma de fornecimento”.

via Gazeta Cariri

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