Morales denuncia crimes contra a humanidade na Bolívia


O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, exilado no México, denunciou crimes contra a humanidade cometidos durante a “repressão policial e militar” no país, mergulhado há quase um mês numa grave crise.

Numa rede social, Morales exigiu que o “governo de fato” de Jeanine Áñez faça a identificação dos autores intelectuais e materiais das 24 mortes registradas nos últimos cinco dias.

“Denuncio perante a comunidade internacional estes crimes contra a humanidade que não devem ficar impunes”, disse.Protesto durante as eleições na BolíviaManifestantes diante da polícia durante protestos na Bolívia, que vive crise política – (REUTERS/David Mercado/Direitos Reservados)
O ex-chefe de estado acusou ainda o advogado de defesa do “rebanho”, que não mencionou, de tentar justificar “a repressão armada” e argumentou que a polícia e as forças armadas “têm o dever constitucional, ético e moral” de proteger a vida da população.

De acordo com a Defensoria do Povo Boliviano, o número de mortos durante quase um mês de conflito aumentou para 23 e o total de feridos em vários confrontos ultrapassou os 700.

Responsabilidade criminalA presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, assinou um decreto que isenta as forças armadas do país da responsabilidade criminal se participarem de operações para restaurar a ordem interna e a estabilidade pública.

A renúncia de Morales, em 10 de novembro, surgiu após protestos em todo o país por suspeita de fraude eleitoral na eleição de 20 de outubro, na qual o então governante alegou ter conquistado um quarto mandato.Uma auditoria da Organização dos Estados Americanos constatou irregularidades generalizadas no escrutínio.

Grande parte da oposição a Morales foi desencadeada pela recusa do ex-presidente boliviano em aceitar um referendo que podia impedir Morales de concorrer a um novo mandato. 

Fonte Agência Brasil

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