OAB pede que PMs amotinados listem as reivindicações para entidade levar documento ao Governo


Presidente da OAB-CE esteve no 18º Batalhão na tarde
desta quarta-feira (26). FOTO: José LeomarO presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Erinaldo Dantas, disse na tarde desta quarta-feira (26) que solicitou ao representante dos PMs amotinados no 18º Batalhão que lhe entreguem, por escrito, as pauta de reivindicações para que seja marcada uma reunião com o representante do Estado para solucionar a crise na Polícia Militar. 

A OAB-CE será a responsável pela mediação com o movimento dos PMs, segundo definição de uma comissão formada pelos três poderes do Ceará. 

“Pedimos que eles colocassem por escrito a pauta das reivindicações para que a gente já possa marcar a reunião da comissão, se for possível ainda hoje mesmo, com o coronel Walmir Medeiros, para que a gente possa dar sequência a essa conversa, que não vai ser resolvida em uma primeira rodada de negociação. Mas é importante que o mais rápido possível a gente comece para que possamos solucionar esse grave problema da segurança pública”, disse Dantas.

Dantas enfatizou ainda que a rodada de negociação não vai ser diretamente com o governador Camilo Santana e que, embora não haja data específica para o encontro, ele epera que seja o mais rápido possível. “Representando o Executivo, vamos nos reunir com Juvêncio Vasconcelos Viana, que é o procurador-geral do Estado”, finalizou. 

Durante um encontro entre OAB e representantes dos PMs amotinados, ficou definido que o coronel do Exército Walmir Medeiros será o interlocutor que vai intermediar as negociações entre os militares e a Ordem. O objetivo é chegar a um acordo que ponha fim à paralisação. “Esse interlocutor não tem autoridade para tomar decisão. Ele tem a nossa confiança para levar a pauta. Toda e qualquer decisão, somente vocês que estão aqui e os que estão no interior é que vão decidir”, disse o ex-deputado federal Cabo Sabino, um dos líderes do movimento de PMs. 

Medeiros é um coronel reformado do Exército Brasileiro e hoje atua como advogado. Na paralisação de policiais militares de 2011/2012 estava na ativa do Exército. 

ENTENDA 
Após a comissão formada pelos três Poderes do Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário – anunciar que definiu a OAB-CE como responsável pela mediação com o movimento dos policiais militares, o presidente da entidade se dirigiu ao 18º Batalhão, no Bairro Antônio Bezerra, para buscar um interlocutor entre os militares amotinados para tentar abrir um novo canal de diálogo. 

Os membros que integram o colegiado disseram que devem se reunir com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre decisão que orienta a mediação de crise como a que ocorre no Ceará. A data ainda deve ser definida.                        (Diário do Nordeste)

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