Médicos denunciam falta de materiais de proteção para profissionais atuando no controle de coronavírus no Ceará


FOTO: Andre Penner. O Sindicato dos Médicos do Ceará denuncia a falta de equipamentos de proteção individual para os profissionais atuantes no enfrentamento à pandemia do coronavírus no Ceará. Os médicos também reclamam da falta de treinamento e orientações sobre a utilização dos materiais. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) nega a escassez das ferramentas e garante que tem orientado a categoria. 

O sindicato afirma que enviou ofício ao Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza e Secretarias Estadual e Municipal da Saúde, além do Ministério Público do Estado (MPCE), nesta quarta-feira (18).

Em nota, a SMS respondeu que não foi comunicada sobre a reclamação do sindicato. O órgão afirma que “desde o surgimento da Covid-19 tem feito treinamento continuado e repassado orientação aos profissionais de saúde”. E que “não há falta de material de proteção e equipamentos de uso dos profissionais que atuam no atendimento à população”. 

O G1 solicitou posicionamento da Secretaria da Saúde (Sesa) sobre as acusações, mas até a última atualização desta reportagem não obteve retorno. 

A categoria reivindica adoção de “medidas urgentes para garantir a proteção de médicos e demais profissionais que atuam nas unidades de saúde e pacientes”. Entre os pontos levantados, o sindicato pede a preservação dos médicos e profissionais acima de 60 anos inseridos no grupo de risco. 

As medidas reivindicadas são: 
Garantia no fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI); 
Treinamento adequado e extensivo (para todos os profissionais envolvidos); 
Salvaguarda para os grupos de risco, com possibilidade de dispensa dos serviços e ou realocação para áreas que não tenham contato direto com pacientes infectados; 
Garantia à imunização contra influenza, caso tais profissionais ainda não estejam imunizados; 
Suspensão dos serviços eletivos e a restrição dos atendimentos ambulatoriais, excetuando-se os casos em que a ausência destes represente agravo à saúde dos pacientes; 
Avaliar a possibilidade de recrutamento de médicos de outras especialidades e a antecipada colação de grau de estudantes de medicina no último ano de formação (internato); 
Envio, para o sindicato, de informações periódicas (diariamente) referentes à jornada de trabalho dos profissionais médicos e instruções normativas relevantes. 

“Este é um momento de união e autorresponsabilidade, que necessita da cooperação de todos. Estamos trabalhando diligentemente para proteger os profissionais da Saúde e a população. Mas precisamos que as Secretarias de Saúde de todo o Estado estejam munidas de informações e materiais para os profissionais que atuam no enfrentamento do coronavírus. Lembrando que também estamos lidando com outras enfermidades, que permanecem em circulação como dengue, influenza e H1N1 por exemplo”, destacou o presidente do Sindicato, Dr. Edmar Fernandes.                      (G1 CE)

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