Entre janeiro e abril deste ano, o Ceará perdeu 25,6 mil empregos formais, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O anúncio realizado nesta quarta-feira (27) acorreu após quatro meses sem divulgação.
Nos quatro primeiros meses do ano, foram contratados 116,6 mil trabalhadores no estado, enquanto outros 142,2 mil foram demitidos, gerando o quarto pior saldo negativo do Nordeste e o nono do Brasil.
Na região, Alagoas (-26,9 mil), Bahia (-37,5 mil) e Pernambuco (-53,5 mil) tiveram perdas mais expressivas que a do Ceará janeiro e abril. Primeiro mês totalmente com as atividades paradas, abril registrou 12,4 mil admissões contra 42,2 mil desligamentos no Ceará, totalizando 29,8 mil empregos formais encerrados.
MP 936
O levantamento também revelou dados sobre os empregos preservados através do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, que possibilita a redução proporcional de jornada e salário dos empregados ou suspensão de contratos.
Até esta terça-feira (26), mais de 277,8 mil empregos no Ceará já haviam sido afetados. O estado é o segundo no Nordeste no balanço, atrás apenas da Bahia, que tem mais de 300 mil empregados enquadrados no regime.
Em todo o Brasil, já são mais de 8 milhões de trabalhadores com jornada e salários reduzidos ou contratos suspensos. Também foram beneficiadas 1,2 milhão de empresas. Boa parte dos acordos é para suspensão total dos contratos, sendo 54,4% – ou 4,4 milhões – dos afetados.
Entre os setores produtivos, o de serviços é o que mais tem aderido à MP 936, tendo colocado 3,14 milhões de seus empregados em todo o Brasil nesse regime. Em seguida, aparecem comércio (2 milhões) e indústria (1,8 milhões).
Foto: © Marcello Casal/Agência Brasil
Fonte: G1