Pessoas vivendo com HIV/AIDS recebem apoio, gás solidário e kits de proteção contra a covid-19


Em todo o mundo, a pandemia da Covid-19 segue em dimensões catastróficas, embora alguns países tenham conseguido controlar os contágios. Atualmente, o Brasil está em quarto lugar no ranking mundial de mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido e Itália.

Entre essa população vulnerável estão as pessoas que convivem com HIV e Aids, que assim como aqueles/as que não possuem convivência com vírus, devem seguir as medidas de prevenção para minimizar a exposição e o risco de contrair a SARS-CoV-2, causadora da COVID-19.

Afirmando seu compromisso garantia dos direitos humanos e superação das desigualdades enfrentadas pelas pessoas soropositivas, a Associação Caririense de Luta Contra AIDS garantindo os direitos dessas populações através da: Entrega em domicílio da medicação nas residências das pessoas vivendo com HIV/AIDS; Distribuição cestas básicas de alimentos, bem como material de limpeza e higiene pessoal, máscaras de proteção, álcool em gel a 70% e gás de cozinha para esse público; e atendimento jurídico e social através de contato por telefone, aplicativo de mensagens e e-mail para tirar dúvidas sobre o CADúnico, os horários de entrega de medicação, auxílio emergencial do governo e locais de atendimento em casos suspeitos do COVID-19.

Já foram distribuídos mais de 20 vales gás solidário, 300 cestas básicas , 100 kits de álcool gel com mascarás caseiras e ainda kits de higiene pessoal, distribuídos nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Lavras da Mangabeira e conta com o apoio da AHF Brasil, Coordenadoria Ecumênica e Serviço CESE e Fundo ELAS e parceiros e ações locais.

Para Ana Pereira, assessora jurídica da associação, o estigma, o preconceito e a discriminação só trazem aspectos negativos e exclusão social, intensificando ainda mais as vulnerabilidades sociais existentes na sociedade: “Isso faz com que as pessoas tenham medo de procurar por informações, serviços e métodos que reduzam o risco de infecção e de adotar comportamentos mais seguros com receio de que sejam levantadas suspeitas em relação ao seu estado sorológico. A falta de preparação de alguns profissionais da saúde e os preconceitos exalados pela sociedade também afasta a população LGBTQI+ dos serviços de saúde. O estigma que tem se criado em relação ao COVID-19 trará dificuldades semelhantes, por isso é preciso mais empatia e menos discriminação.”, relata Ana.

Sobre esse aspecto, Ronildo Oliveira também denuncia a ausência de atuação do estado: “Aqui no Ceará, o hospital de referência para o HIV/Aids – São José e o serviço de infectologia do estado, historicamente sucateados, são hoje referências para a Covid-19. O acesso ao tratamento das pessoas vivendo com HIV se tornou mais precário. E a falta de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] deixa esses pacientes mais vulneráveis a contaminação.”, declara o coordenador.

A população do Cariri pode continuar contribuindo com as ações.
Contatos : (88)99911-5073
E-mail : caririaids@hotmail.com

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