Vacina chinesa contra covid-19, Sinovac mostra menos eficácia em idosos


A empresa chinesa Sinovac Biotech disse nesta segunda-feira que sua vacina candidata contra a covid-19 parecia segura para pessoas mais velhas, segundo resultados preliminares de um teste inicial a intermediário, enquanto respostas imunológicas desencadeadas pela vacina foram ligeiramente mais fracas do que adultos mais jovens.

Autoridades de saúde estão preocupadas se as vacinas experimentais podem proteger com segurança os idosos, cujo sistema imunológico geralmente reage de forma menos robusta às vacinas contra o vírus que causou quase 900 mil mortes no mundo.

A candidato de Sinovac, CoronaVac, não causou efeitos colaterais graves em testes combinados de Fase 1 e Fase 2 lançados em maio envolvendo 421 participantes com pelo menos 60 anos, disse à Reuters Liu Peicheng, representante da mídia de Sinovac. Os resultados completos não foram publicados e não foram disponibilizados à Reuters.
Quatro das oito vacinas do mundo que estão na terceira fase de testes são da China.

Dos três grupos de participantes que tomaram respectivamente duas injeções de baixa, média e alta dose de CoronaVac, mais de 90% experimentaram alta significativa nos níveis de anticorpos, enquanto os níveis foram ligeiramente mais baixos do que os observados em indivíduos mais jovens, mas em linha com as expectativas, Liu disse.

A CoronaVac, testada no Brasil e na Indonésia no estágio final de testes para avaliar se é eficaz e segura o suficiente para obter aprovações regulatórias para uso em massa, já foi dada a dezenas de milhares de pessoas, incluindo cerca de 90% dos funcionários da Sinovac e suas famílias, como parte do esquema de vacinação de emergência da China para proteger as pessoas que enfrentam alto risco de infecção.

A vacina potencial pode permanecer estável por até três anos no armazenamento, disse Liu, o que pode oferecer à Sinovac alguma vantagem na distribuição da vacina para regiões onde o armazenamento da cadeia de frio não é uma opção.

Ao lado da vacina de Oxford, que é a aposta do Ministério da Saúde, a vacina de Sinovac, chamada no Brasil de CoronaVac, é considerada uma das mais promissoras do mundo e está na fase três de testes em seres humanos.

Ao todo, 9.000 voluntários, profissionais de saúde, participam da validação em seis estados brasileiros.
Segundo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se os testes forem bem sucedidos, a vacina já poderia começar a ser produzida no Brasil a partir de novembro. Com isso, a aplicação das duas doses seria concluída até fevereiro de 2021.

Para ampliar a capacidade de produção, o Instituto Butantan deverá construir uma nova fábrica.

Fonte: Dado Ruvic/Reuters

Fonte: Exame

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