Prefeito de Juazeiro defende nepotismo e critica denunciantes

O prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo, foi sabatinado no Jornal da Tarde (104,9 Padre Cícero FM) desta segunda-feira (8) sobre a questão do nepotismo. O Ministério Público notificou o gestor municipal, o vice Luiz Ivan (PDT), além de secretários, presidentes e diretores de autarquias e vereadores para que afastassem no prazo de dez dias cônjuges e parentes, em linha reta e até terceiro grau, que tenham sido nomeados no âmbito dos poderes Legislativo e Executivo.

Durante a entrevista, Raimundo Macedo defendeu a prática do nepotismo pela ótica da confiança. Para ele, é mais confiável colocar um parente para administrar bem público do que pessoas as quais não se conhece. O administrador municipal aproveitou, também, para tecer críticas ao vereador Cláudio Luz (PT), autor da denúncia e ao ex-prefeito Manoel Santana pela mesma prática.

“Nós achamos que muitas vezes essas pessoas (parentes) colaboram muito bem”, disse o prefeito. “Ninguém é mais da confiança do prefeito do que seu filho, sua esposa, do que alguém mais ligado à sua família. Mas, por decisões da justiça, quando a justiça determina só se resta cumprir, nós temos procurado ser obedientes à Constituição”, acrescentou.

Raimundo Macedo fez duras críticas à decisão do Ministério Público e, mesmo não a achando correta, afirmou que não lhe resta outra coisa que não seja cumpri-la: “Muitas vezes a gente acha que não é o correto, não era o que devia ser feito, mas a gente muitas vezes se curva a determinadas coisas”.

O prefeito também relativizou a questão citando prefeitos e governadores que teriam praticado o nepotismo. “Acho que não tenha no país nenhum prefeito ou governador, nenhum presidente que, primeira coisa, coloca logo a primeira dama num cargo importante, normalmente na Secretaria de Ação Social”.

Por fim, o gestor juazeirense criticou os dez dias que terá para exonerar parentes dos Poderes Legislativo e Executivo. Para ele, esse tempo será muito pouco para retirar quem atua nessa esfera e alocar novas pessoas para assumir os cargos que serão deixados vagos. Afirmou que entrou com recurso, inclusive por poder ser punido além da sua função, ou seja, como pessoa física. : “Dez dias não dá tempo você pensar e organizar uma administração”, disse.

Fonte: Miséria 

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