
Um projeto ainda novo, com menos de três anos desde o registro oficial em cartório. Foi a partir de uma conversa entre o professor Andson Andrade e o artista plástico Carlos Henrique Soares, no ano de 2015, que a semente para a criação do Museu e Escola de Artes Raimunda de Canena (MEARC) foi plantada – um ano e dois meses depois, o projeto saía do papel.
A intenção era propiciar, às comunidades cratenses de São Miguel, Pinto Madeira e Santa Luzia, condições de observar, discutir, aprender e desenvolver habilidades inerentes ao ofício das artes plásticas e literárias.
O MEARC homenageia a Mestra Raimunda de Canena, que, conforme explicou o professor Andson, conhecido por Juquinha, teve um importante papel na função de professora autodidata na cidade do Crato.
Ele destaca que, apesar de Raimunda não possuir formação acadêmica, ela contribuiu na formação de inúmeros cidadãos cratenses, através de aulas ministradas em sua casa, no Bairro Pinto Madeira. Anos depois, os criadores do Museu e Escola de Artes se inspiraram naquela que batiza o projeto para criar um ambiente que garanta a preservação da memória e do patrimônio cultural artístico das comunidades, além de tratar do aproveitamento das informações disponíveis no meio local.
Juquinha, coordenador do MEARC, cita que, quando estiver pronta, a estrutura de apoio do Museu, além de um acervo de livros e objetos que contam a história das comunidades, possuirá um anfiteatro para apresentações com capacidade para 300 lugares nas arquibancadas. O Terreiro Cultural do Empresário Juvêncio Mariano homenageia o empresário, em reconhecimento à iniciativa das filhas dele, que cederam o prédio para o funcionamento do Museu, localizado na Rua Horário Jacome, S/N, Metrô do Cariri – Estação Crato.
O esperado é que o Terreiro e o Museu recebam eventos, anualmente, através das diversas linguagens artísticas e da realização de oficinas de teatro, dança, música etc. A sede, desde sua instalação, já recebeu ações como oficinas de produção e pinturas em imagens de gesso. “Estamos na etapa de catalogação dos diversos objetos doados, que irão compor o acervo que ficará disponível a professores e alunos das escolas públicas e particulares, para que tenham mais uma fonte de pesquisa e de visitação em Crato”, finalizou Andson, ao lembrar que tanto a comunidade como educadores e acadêmicos podem contribuir com o projeto, que recebe diariamente visitas dos estudantes do Ensino Fundamental da rede municipal de Ensino. (Jornal do Cariri)
via Gazeta Cariri
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