CearĂ¡ teve 118 mortes por influenza desde 2018


O vĂ­rus da influenza vitimou 118 pessoas no CearĂ¡ nos Ăºltimos dois anos, somando os Ă³bitos contabilizados no boletim epidemiolĂ³gico da doença, divulgado pela Secretaria Estadual da SaĂºde (Sesa) no fim de dezembro. No ano passado, 44 pessoas faleceram pela doença, uma queda de 40% se em relaĂ§Ă£o aos 74 Ă³bitos registrados em 2018. 

Em relaĂ§Ă£o aos casos confirmados, houve reduĂ§Ă£o de 46% no mesmo perĂ­odo, caindo de 449 para 242 ocorrĂªncias. A maior queda ocorreu no subtipo A H1N1, que saiu de 309 para 106 casos. Por outro lado, os casos de A H3/sazonal triplicaram, saltando de 23 para 69. A predominĂ¢ncia Ă© em crianças de atĂ© 9 anos de idade, que sĂ£o 46,7% do total de casos. 

“Podemos dizer que houve grande mobilizaĂ§Ă£o de vacinaĂ§Ă£o e a aceitaĂ§Ă£o da populaĂ§Ă£o, que colaborou para altas coberturas vacinais em 2018, que pode ter influĂªncia na reduĂ§Ă£o de casos em 2019”, avalia Sarah Mendes, assessora tĂ©cnica do NĂºcleo de VigilĂ¢ncia EpidemiolĂ³gico da Sesa, que indica ainda o trabalho dos profissionais de saĂºde para identificaĂ§Ă£o e manejo precoce dos casos suspeitos. 

PrevenĂ§Ă£o 
Segundo a assessora tĂ©cnica, ainda nĂ£o hĂ¡ registros que apontem a uma tendĂªncia de aumento ou reduĂ§Ă£o de casos da doença em 2020. PorĂ©m, hĂ¡ relaĂ§Ă£o com o perĂ­odo chuvoso, “pois a populaĂ§Ă£o tende a permanecer em ambientes fechados por longos perĂ­odos, o que facilita a transmissĂ£o viral”. 

A recomendaĂ§Ă£o Ă© que a populaĂ§Ă£o mantenha a caderneta de vacina sempre atualizada e mantenha hĂ¡bitos saudĂ¡veis. TambĂ©m Ă© importante, sempre que for tossir ou espirrar, utilizar o antebraço como barreira de proteĂ§Ă£o, lavar as mĂ£os frequentemente com Ă¡gua e sabĂ£o ou utilizar Ă¡lcool em gel, manter o ambiente com circulaĂ§Ă£o de ar natural e evitar o contato com pessoas doentes. 

Outros vĂ­rus 
O boletim ainda traz dados sobre a sĂ­ndrome respiratĂ³ria aguda grave (SRAG), que inclui casos de influenza e outros vĂ­rus respiratĂ³rios. TambĂ©m houve reduĂ§Ă£o de 1.626 para 1.028 casos confirmados. As confirmações de “outros vĂ­rus respiratĂ³rios” cresceu de 20 para 225, entre os dois anos. Prova disso Ă© que, dos 104 Ă³bitos registrados em 2019, a maioria (60) nĂ£o foi por influenza. 

Conforme Sarah Mendes, o vĂ­rus da influenza A H1N1 Ă© o que mais preocupa porque desde a pandemia de 2009, “ele Ă© conhecido por provocar epidemias e elevar o nĂºmero de Ă³bitos por sĂ­ndromes respiratĂ³rias agudas graves, especialmente na populaĂ§Ă£o de risco”. AlĂ©m dele, outros circulantes incluem VĂ­rus Sincicial RespiratĂ³rio (VSR), rinovĂ­rus, adenovĂ­rus, coronavĂ­rus e quatro tipos de parainfluenza.                            (G1 CE)

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