Anvisa aprova teste de anticorpos para o coronavírus criado pela Roche


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o teste sorológico Elecsys, da farmacêutica Roche, para uso no Brasil. O exame analisa amostras de sangue em busca de anticorpos que mostram se a pessoa foi infectada pelo novo coronavírus e se possui anticorpos para a doença. A empresa havia anunciado planos de começar a vender o produto no País em maio.

O teste sorológico possui até 100% de sensibilidade na detecção de anticorpos contra o covid-19 e especificidade maior que 99,8% para o SARS-Cov-2, evitando falsos positivos com outros tipos de coronavírus. “A rápida aprovação da ANVISA é um reflexo dos nossos esforços como sociedade para controlar e combater essa pandemia”, diz Antonio Vergara, presidente da Roche Diagnóstica Brasil.

A empresa já vinha oferecendo o teste para os principais laboratórios do mundo há cerca de 20 dias. Segundo a Roche, existem quase 1 mil sistemas automatizados, em diferentes regiões do País, aptos a analisar o novo teste. É possível processar até 300 testes por hora, dependendo do equipamento.

Os planos da companhia são de dobrar a produção e disponibilizar mais de 10 milhões de testes por mês, até o final do ano.

Testagem em massa
A testagem em massa é uma das principais estratégias no combate à covid-19. Ao mapear quem foi e quem não foi infectado pelo novo coronavírus, é possível adotar medidas de restrição mais acertivas. O método mostrou eficácia e alguns países como a Nova Zelândia e a Coreia do Sul já conseguiram conter a disseminação da doença.

Em uma comparação, a Coreia do Sul e os Estados Unidos registraram o primeiro caso de covid-19 exatamente no mesmo dia, em 20 de janeiro. Até a primeira semana de março, os norte-americanos tinham feito cerca de 4 mil testes, já os asiáticos tinham testado mais de 200 mil pessoas.

Hoje, a Coreia do Sul tem pouco mais de 1400 infectados e 250 mortes. Enquanto isso, os Estados Unidos é o país mais afetado pelo coronavírus, com mais de 1 milhão de casos e mais de 66 mil mortes.

Foto: IOC/Fiocruz/Divulgação

Fonte: Exame

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