Maior parte dos municípios cearenses tem baixa umidade do ar e risco de incêndios


Conforme alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Defesa Civil do Ceará, emitido nesta sexta-feira (25), afirma que 163 dos 184 municípios cearenses estão classificados como “Perigo” e “Potencial Perigo” pela baixa umidade relativa do ar. O aumento registrou 88,58% do território estadual, desde o último indicativo.

Segundo o órgão, a população deve estar alerta aos riscos à saúde, bem como a possibilidade de incêndios, que só neste mês de setembro chegou ao número de 75 ocorrências, apenas em Juazeiro do Norte.

O aviso é válido até o próximo domingo (27), às 18h. Apesar do aumento, os municípios em “Perigo”, quando a variação da umidade relativa do ar gira em torno de 12% a 20%, caiu de 68 municípios, no alerta desta sexta, para 65, neste sábado (26). A área afetada está nas regiões do Sertão Central, no Sertão dos Inhamuns, Jaguaribe, Cariri e Centro-Sul.

Cidades

Todos os municípios caririenses estão dentro dessa faixa de baixa umidade, todos classificados como “Perigo”, sendo estes: Abaiara, Aiuaba, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Aurora, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, Porteiras, Salite, Santana do Cariri e Várzea Alegre.

A gerente de meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Meiry Sakamoto, explica que as áreas do interior do Estado apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas ao litoral devido à própria continentalidade, ou seja, a distância do oceano. “Além disso, contribuem as condições predominantemente mais secas do solo e da vegetação reduzindo a evapotranspiração para a atmosfera”, completou.

A meteorologista complementa que a faixa litorânea geralmente se apresenta mais úmida ao longo de todo o ano. “Isso acontece em virtude da umidade proveniente da evaporação da água oceânica, que é trazida para o continente pelos ventos”, acrescenta.

Com o tempo mais “seco”, o Corpo de Bombeiros alerta para o perigo das queimadas, sobretudo a prática de “brocar”, ainda muito comum no Interior do Estado pelos agricultores. Segundo a entidade, quase todos os incêndios são de focos clandestinos e criminosos, pela ação do homem, destruindo a natureza, flora e fauna.

A baixa umidade do ar também pode causar problemas de saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.

Com informações do Diário do Nordeste

Foto: Divulgação/CBMCE

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