A Dinamarca vai sacrificar cerca de 17 milhões de visons, pequenos mamíferos parecidos com as doninhas norte-americanas, devido à descoberta de que seres humanos foram infectados por uma nova mutação do coronavírus a partir do contato com esses animais.
O anúncio foi feito nessa quarta-feira (4) pelo primeiro-ministro dinamarquês, Mette Frederiksen.
Conforme autoridades de saúde do país e a Organização Mundial de Saúde (OMS), cepas do vírus encontrados em ambas espécies podem diminuir a eficácia de vacinas que vêm sendo desenvolvidas contra a Covid-19.
“Temos uma grande responsabilidade sobre a nossa população, mas com a identificação da nova mutação, temos uma responsabilidade ainda maior para com o resto do mundo”, pontuou Frederiksen em pronunciamento.
A descoberta ocorreu no “State Serum Institute”, órgão do país europeu que é responsável pelo controle de doenças infecciosas, e foi compartilhada com a OM e com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
As cepas do vírus mutante foram encontradas em cinco visons e 12 seres humanos, informou o governo da Dinamarca. Há, no país, algo entre 15 milhões e 17 milhões de espécimes do animal.
As forças militares, policiais e guardas nacionais dinamarquesas serão recrutadas para “acelerar o abate”, afirma o primeiro-ministro.
Novas medidas de isolamento social e implementação de lockdown serão implementadas para conter o coronavírus em partes do Norte da Dinamarca, onde há fazendas que criam o bicho.
Estadão