Estudante encontra R$ 735 e devolve à dona no Crato


O gesto do estudante Isaac Brasil, que localizou e devolveu, na tarde desta terça-feira (10), o valor de R$ 735 em espécie à sua dona, que havia acabo de perdê-lo na saída de um banco, repercutiu na cidade do Crato. A quantia foi fruto de um empréstimo que a comerciante Francisca Maria da Silva Gonçalves, também cratense, fez para pagar suas contas.

As notas estavam junto com boletos e documentos que ajudaram o estudante a identificar a dona do dinheiro e localizá-la por telefone. “Eu dei logo como perdido. Pensei que era um trote”, conta a comerciante. Francisca detalha que logo após sair do banco, verificava, de poucos em poucos minutos, se a quantia permanecia no seu bolso, enquanto voltava para casa. “Uma hora já não encontrei. Fiquei nervosa, desorientada”, completa.

O estudante, que mora no distrito de Dom Quintino, ressalta que ao encontrar a quantia em espécie, imediatamente pensou em devolver integralmente o valor a dona. Como junto com o dinheiro havia os dados dela, conseguiu localizá-la rapidamente. “O marido de minha filha ligou dizendo que um rapaz estava no banco com o dinheiro”, lembra Francisca.

Acompanhada do cunhado, a comerciante retornou ao banco e encontrou Isaac sentando. “Ele levantou, perguntou meu nome, se eu tinha alguma identidade. Não conversou muito, só pediu que contasse e visse se a quantidade estava certa. Estava tudo certo”, detalha emocionada.

Francisca ainda ofereceu uma quantidade em dinheiro como gratidão, prontamente recusada por Isaac. “Não aceitei, porque minha obrigação era devolver a dona. O dinheiro não era meu. Eu achei e minha obrigação era devolver integralmente a ela. Pedi apenas que rezasse por mim e pedisse para Deus abençoar minha vida”, afirma o estudante.

“Uma pessoa dessas é uma pessoa de Deus, de boa educação. Uma criação muito boa. Se fosse outro, não teria devolvido. Pensaria em não procurar o dono e gastar com uma coisa qualquer. Fiquei muito feliz. Achei bonito o que ele fez. Muito difícil acontecer uma coisa dessas”, ressalta a comerciante.

Cunhado de Francisca, o torneiro repuxador Francisco da Silva Gonçalves, que a acompanhou ao banco, fez questão de fotografá-los e procurar saber mais sobre o estudante. “Quero que ele seja meu amigo. Existem pessoas boas, de coração bom”, finaliza.

Diário do Nordeste

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