Portugal estendeu até 16 de maio as restrições aos voos que impedem viagens não essenciais de países como o Brasil com altas taxas de incidência de coronavírus, e acrescentou a Índia à lista devido ao rápido aumento de infecções por lá.
Viajantes de países onde 500 ou mais casos por 100 mil pessoas foram notificados ao longo de um período de 14 dias – que também inclui África do Sul, França e Holanda – só podem entrar em Portugal se tiverem um motivo válido, como para trabalho ou saúde, o governo disse no sábado (01).
As chegadas devem então ficar em quarentena por 14 dias.
A decisão sobre a Índia significa que Portugal se junta a um número crescente de países que impõem tais restrições. A vizinha Espanha também disse no sábado que os passageiros que chegam da Índia devem entrar em quarentena por 10 dias para evitar a propagação do COVID-19, disse um boletim do governo.
Portugal disse que pessoas de países onde a taxa de incidência é de 150 ou mais casos de COVID-19 por 100.000 habitantes, como Espanha e Alemanha, também podem viajar de avião para o país apenas por motivos essenciais.
Terão de apresentar prova de resultado negativo no teste de COVID-19 nas 72 horas anteriores à partida para Portugal. Quem não tiver teste terá que fazê-lo na chegada e aguardar o resultado no aeroporto.
A extensão das restrições às viagens aéreas veio no mesmo dia em que a maior parte de Portugal passou para a fase final de uma flexibilização gradual das regras impostas em janeiro para enfrentar o que era então o pior aumento de COVID-19 do mundo.
Como as infecções caíram drasticamente, as restrições de bloqueio começaram a ser atenuadas em meados de março. Escolas, restaurantes e cafés, shoppings, museus e outros serviços não essenciais foram reabertos desde então, mas sob regras rígidas para reduzir o risco de contágio.
A fronteira terrestre de 1.200 km de Portugal com a Espanha também foi reaberta no sábado, após mais de três meses de restrições e controles de fronteira. (Reportagem de Catarina Demony Reportagem adicional Graham Keeley Edição de Catherine Evans e David Holmes)
Foto: Roosevelt Cassio/Reuters (1º.abr.2020)
Fonte: CNN Brasil