Médicos do Hospital Santo Antônio, Barbalha, retiram aneurisma raro de paciente do Cariri


O aneurisma já estava do tamanho do olho; a cirurgia durou mais de seis horas e a paciente encontra-se lúcida e fora de perigo

Uma equipe médica do Hospital Santo Antônio de Barbalha, comandada pelo médico neurologista Dr. José Júnior, realizou cirurgia de altíssima complexidade para o tratamento de um aneurisma gigante e raro de uma mulher de Aurora, no último fim de semana. A paciente de 59 anos chegou com um caso de aneurisma dissecante cavernoso gigante de artéria carótida com cerca de 40 mm, tido como *raríssimo*. Ela ainda tinha outro aneurisma do mesmo lado, caracterizado como Oftálmico, com o tamanho de 10 mm.

O procedimento obteve sucesso total com a oclusão da Artéria Carótida Interna (ACI) direita por meio da compactação de micromolas no interior do aneurisma. Esse corresponde a 1% de todos os aneurismas diagnosticados. O objetivo do tratamento foi a eliminação do efeito de massa, bem como a proteção contra sangramentos e, além disso, a cura pela eliminação aneurismática.

“Ela descobriu pois o aneurisma maior comprimiu o seu olho direito, causando dores, pulsações e imobilidade. Isso prejudica bastante a qualidade de vida, além do risco de ruptura. Então foi feita uma tomografia simples e descoberta a comorbidade. Ela está bem, acordada, dialogando e terá alta nos próximos dias”, disse José Júnior.

Os Aneurismas Intracranianos (AIs) cavernosos gigantes têm um risco de ruptura de 6,4% em 5 anos. Contudo, existe indicação cirúrgica para a maioria dos casos, podendo ser por via endovascular ou abordagem direta. A abordagem aberta não é mais utilizada devido à alta taxa de complicação. Os aneurismas gigantes cavernosos são raros e de difícil acesso cirúrgico devido à sua correlação com estruturas neurovasculares da base do crânio. Estes possuem uma sintomatologia diversificada, assim como sua etiologia.

*Entenda*

Os aneurismas são dilatações patológicas que ocorrem nos pontos de maior fragilidade ao longo da parede dos vasos sanguíneos em consequência do aumento da pressão hemodinâmica que estão sujeitos. Estima-se que os aneurismas cerebrais estejam presentes em aproximadamente 3,2% da população mundial, com idade média de 50 anos, proporcionalmente em ambos os sexos.

*Principais causas*

Além dos fatores ambientais ou modificáveis, como a hipertensão arterial, tabagismo, contraceptivos orais, etilismo crônico, hiperlipidemia e diabetes mellitus, há também os fatores de risco não modificáveis, como a predisposição genética familiar, os fatores hemodinâmicos e hormonais, síndrome de Ehlers-Danlos e rins policísticos. Todos esses fatores contribuem para a formação do aneurisma.

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