A lua cheia de julho, conhecida como “Lua dos Cervos”, ilumina o céu a partir desta sexta-feira (23). O pico do fenômeno será às 23h37 (horário de Brasília). Ela durará cerca de três dias, conforme informações da CNN.
De acordo com Romário Fernandes, professor de Astronomia, o nome “Lua dos Cervos” está associado ao crescimento dos chifres dos cervos machos e advém da tradição americana.
Ele explica que os americanos têm a cultura de relacionar o fenômeno da lua cheia a algum evento que faz menção ao meio ambiente e às tradições.
“Cada mês tem algum significado, como a ‘Lua de Morango’. Não tem nenhuma peculiaridade na lua cheia de julho, não. É um belo fenômeno. A lua cheia acontece sempre quando tem a oposição do Sol e a Lua”, relata Romário Fernandes.
“Como os dois não ficam perfeitamente alinhados, a sombra da Terra não se projeta normalmente sobre a Lua, o que permite que a face visível dela possa ser vista totalmente iluminada aqui da Terra”, acrescenta o professor.
OUTRAS DENOMINAÇÕES DA ‘LUA DOS CERVOS’
A lua cheia de julho é chamada de diversas formas a depender da cultura. Tribos nativas norte-americanas, como os comanches e os Kalapuya, a chamam de “Lua quente” ou “Lua do meio do verão” em referência à estação no Hemisfério Norte, segundo o Planetário da Universidade Western Washington.
Já outros grupos indígenas, tais como os povos Mohawk, Apache, Cherokee e Passamaquoddy se referem ao astro neste mês com nomes ligados a “amadurecimento”. O povo Anishnaabe, por exemplo, denota a aparição cheia do satélite como “aabita-niibino-giizis” ou “Lua da framboesa”.
Na Europa, por sua vez, o termo “Lua do feno” é usado. O nome é uma alusão à temporada de feno de junho e julho, conforme a Nasa.
LUAS CHEIAS POR ANO
O ano de 2021 terá 12 luas cheias, quantidade típica em um ano normal. Em 2020, houve 13 luas do tipo, duas delas em outubro.
“A lua cheia sempre é visível de qualquer lugar do mundo em que seja noite e que as nuvens não estejam incomodando muito. O céu tem que estar bem carregado para impedir a visibilidade do fenômeno”, expõe Romário Fernandes.
As próximas luas cheias do ano terão nomes específicos, segundo o Almanaque do Velho Fazendeiro:
22 de agosto – Lua de esturjão
20 de setembro – Lua da colheita
20 de outubro – Lua do caçador
19 de novembro – Lua do castor
18 de dezembro – Lua fria
A publicação indica, também, que haverá mais dois eclipses — um solar e outro lunar — neste ano. O primeiro ocorrerá em 19 de novembro, cobrindo a lua parcialmente. O fenômeno poderá ser visto na América do Norte e no Havaí entre 1h e 7h06.
Já o solar ocorre de modo total em 4 de dezembro, mas não será visível na América do Norte. Contudo, espectadores nas Ilhas Malvinas, no extremo sul da África, na Antártica e no sudeste da Austrália poderão assisti-lo.
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Fonte: Diário do Nordeste