Ao STF, Ministério da Saúde diz que vacina contra Covid-19 em crianças é segura


Em meio à consulta pública sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, o Ministério da Saúde informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a imunização da faixa etária é segura.

Em uma nota assinada pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, há a afirmação de que milhares de crianças passaram pelos testes da vacina e nenhum efeito grave foi registrado.

“Antes de recomendar a vacinação [contra a] Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, diz o documento.

A secretária acrescentou que a análise para a liberação de imunizantes é feita de “forma rigorosa” e com “toda cautela necessária”, além de haver o monitoramento de segurança “mais abrangente e intenso da história do Brasil”.

A resposta foi enviada em uma ação movida pelo PT no STF, que pede um cronograma de imunização de crianças contra a infecção causada pelo coronavírus. A nota embasa posição da Advocacia-Geral da União (AGU) no processo.

O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, determinou a definição de um calendário até 5 de janeiro de 2022 e cobrou do governo uma explicação sobre recomendar a vacinação de crianças apenas com prescrição médica.

A ideia é colocada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Na última semana, Bolsonaro chegou a questionar a urgência da imunização de crianças. “Está morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial?”, perguntou.

De acordo com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI), vinculada ao Ministério da Saúde, entre o início da pandemia e meados de dezembro, 301 crianças na faixa etária dos 5 aos 11 anos já haviam morrido no país em razão da pandemia. Isso representa, em média, uma morte infantil a cada dois dias no país.

A vacina da Pfizer para o grupo etário foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 16 de dezembro, com frasco diferente e dosagem menor do que a aplicada em adultos e adolescentes.

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