Ceará teve mais de 9 mil acidentes com serpentes nos últimos 10 anos


O Ceará registrou, pelo menos, 9.061 acidentes ocasionados por serpentes entre os anos de 2012 e 2022, segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) nesta terça (5). Só em 2019, ano com maior número de casos registrados, a pasta contabilizou 1.333 acidentes.

Dos mais de 9 mil casos, o boletim aponta que 5.291 pessoas se acidentaram com serpentes do gênero Bothrops, também conhecida como jararaca. Os municípios com maior número de notificações de acidentes com jararaca foram Tauá (235 casos) e Viçosa do Ceará (177 casos).

Além da jararaca, também foram registrados 723 acidentes com serpentes do gênero Crotalus, conhecida como cascavel. As cidades que mais registraram notificações de acidentes foram Fortaleza (62 casos), Viçosa do Ceará (39 casos) e Crateús (27 casos).

A Sesa também registrou, no mesmo período, 215 acidentes com serpentes pelo gênero Micrurus, conhecida como coral-verdadeira. Os municípios com maior número de notificações foram Fortaleza (14 casos) e Viçosa do Ceará (11 casos).

Também houve registros de acidentes envolvendo serpentes do gênero Lachesis, cobra conhecida como surucucu. A Sesa contabilizou 35 casos. As cidades que mais registraram notificações foram Pacoti (5 casos) e São Benedito (4 casos).

Prevenção de acidentes
Segundo a Sesa, para prevenir os acidentes com serpentes em acampamentos, piqueniques, pescarias e caçadas, devem ser tomados os seguintes cuidados:

As portas dos carros devem ser mantidas fechadas;
Antes de se instalar, inspecionar bem o local, evitando acampar junto às plantações, pastos ou matos;
A noite, nos sítios, chácaras, fazendas, deve-se evitar andar em vegetação rasteira, nos gramados e, até mesmo, nos jardins, pois é a hora da atividade das serpentes peçonhentas de importância médica;
Na zona rural, devem ser protegidos os predadores naturais de serpentes, como emas, seriemas, gaviões, gambás e a conhecida cobra mucurana (cobra-preta), que se alimenta de outras serpentes;
É preciso saber, também, que os acidentes com serpentes podem ocorrer dentro d’água, por isso, antes de entrar ou tomar banho em rios e lagoas, é preciso observar primeiro o local.
O que não fazer após ser picado por uma serpente:
Não amarrar ou fazer torniquete;
Não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina), nem fazer curativos que fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções;
Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada;
Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina, querosene, etc, pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.

Foto: Willianilson Pessoa / Fonte: G1 CE

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