Pilotos fazem paralisação e atrasam pousos e decolagens


Pilotos, copilotos e comissários de bordo de todo o Brasil fizeram paralisação nesta segunda-feira (19/12). A greve dos aeronautas foi convocada na quinta-feira (15/12), e os profissionais cruzaram os braços por duas horas, das 6h às 8h. O protesto pode se repetir por prazo indeterminado.

Alguns aeroportos brasileiros, como em Brasília, São Paulo e no Rio de Janeiro, tiveram voos atrasados e até cancelados. No Galeão e no Santos Dumont, no Rio, houve filas por causa da greve. Só no Santos Dumont, dois voos acabaram cancelados e cinco registravam atrasos pouco antes das 8h.
O mesmo ocorreu em Guarulhos e Congonhas, ambos em São Paulo. No total, Guarulhos chegou a ter 10 voos atrasados, e Congonhas, 16.

Em Brasília, nesta manhã, houve quatro voos atrasados e um cancelado. Até o momento, não foi informado se o cancelamento ocorreu por causa da paralisação dos aeronautas.
Nesse domingo (18/12), a categoria rejeitou proposta apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e manteve a paralisação.

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), serão atrasadas decolagens de voos nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo; Viracopos, em Campinas; Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Confins, em Belo Horizonte; Juscelino Kubitschek, em Brasília; Salgado Filho, em Porto Alegre; e Pinto Martins, em Fortaleza.

A ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), estipulou multa de R$ 200 mil caso o sindicato não cumpra a decisão do tribunal. Segundo a magistrada, a paralisação de pilotos e comissários tem potencial para causar graves danos à população, especialmente por ocorrer em um período de aumento da demanda no transporte aéreo, com as viagens de fim de ano.

A categoria informou que seguirá seu “manual de greve”: 100% dos tripulantes estarão a postos, mas cerca de 1% a 2% deles vão atrasar alguns voos. O SNA garantiu que nenhum voo será cancelado e todas as viagens serão realizadas.

O que querem os pilotos e comissários
Os aeronautas reivindicam reajuste salarial de 10,9%, que representa recomposição inflacionária anual de 5,9%, somada a um aumento real de 5%.

Além disso, o sindicato pede que as companhias aéreas, representadas pelo Snea, cumpram outros pontos negociais, como um período máximo de espera entre os voos da tripulação.

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