Prazer da Palavra: Crise todo dia

"Não fortalecerás os fracos, por enfraqueceres os fortes. Não ajudarás os assalariados, se arruinares aquele que os paga. Não estimularás a fraternidade, se alimentares o ódio". (Abraham Lincoln)




Quando olhamos para o mapa do mundo, cheio de desigualdades alimentadas pelos conflitos e pelas corrupções, notamos que a crise é séria demais para ser ignorada.

Temos que chorar com os que choram, sofrer com os que sofrem, mesmo que as dificuldades não nos tenham alcançado. Nossa humanidade nos torna um.

Temos que nos indignar quando as elites se organizam para que o sistema, baseado no roubo e na opressão, prossiga realizando os sonhos de poucos e decepando as esperanças de muitos.

Ao mesmo tempo, a crise precisa ser vista como passageira. Vamos nos empenhar, talvez trabalhando mais, para resolvê-la ou para minorar as consequências tristes que gera.

Não precisamos nem devemos tornar nossas as crises alheias, vividas na política, na economia ou na ética e cavadas pelos insensíveis e corruptos. Não somos insensíveis nem corruptos. Criticamos o sistema, mas amamos suas vítimas. Contudo, a nossa solidariedade não nos pode empurrar para o abismo. Se descermos juntos, não poderemos ser solidários com mais ninguém, porque vamos nos obrigar apenas a fugir.

Precisamos nos interessar ao máximo pelas vítimas das multiformes manifestações da violência e, ao mesmo tempo, manter uma certa distância das crises, para que a nossa saúde seja mantida e, junto, a nossa capacidade de ajudar. Precisamos continuar trabalhando. Precisamos continuar sonhando. Precisamos continuar descansando. Precisamos continuar viajando.

Estamos no mundo, mas não somos do mundo (João 17.16). Fazemos parte do mapa do mundo, mas não somos o mapa.

Israel Belo de Azevedo

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