Conheça a história dos palhaços argentinos que fazem a alegria no Lê Cirque Amar


Os palhaços Matraca e Moroco, que estão com espetáculo em cartaz em Juazeiro, mostram a riqueza do amor de pai para filho na profissão

Com cumplicidade e alegria, os palhaços Matraca e Moroco encantam sorrisos de crianças e de adultos no Cirque Amar, montado na avenida Padre Cícero. Brincadeiras e mímicas marcam a essência do espetáculo e carregam histórias que acompanham a quinta geração da família circense.

Nascidos na Argentina, Matraca e Moroco que por trás do picadeiro se chamam Celso Alberto Stevanovich, de 52 anos, e Celso Alberto Stevanovich Filho, de 27 anos são pai e filho, que se orgulham de passar o sorriso e a alegria de geração em geração.

Filho do domador e trapezista do Circo Brasília, que pertencia a família argentina, Celso Stevanovich nasceu na década de 1960, em meio aos encantos e dificuldades da vida circense. “Antes de estudar eu cuidava dos animais, meu primeiro bichinho de estimação foi um elefante”, lembra saudoso. Enquanto criança, aprendeu a fazer todas as piruetas dignas de um filho de trapezista e a cuidar dos glamorosos animais, mas, o que mais o admirava, era o trabalho dos tios e primos, palhaços do espetáculo.



Na adolescência, depois de passar quatro anos longe do cenário circense, Stevanovich decidiu seguir os instintos do pai artista e começou a trabalhar no Circo Imperial. “Quando eu tinha 17 anos precisaram de um palhaço, então me jogaram no picadeiro, onde estou até hoje”, afirma. Assim como nas histórias encantadas dos livros infantis, o palhaço Matraca se apaixonou pela bailarina do circo, filha de um homem valente, que carregava a estrutura do próprio espetáculo em carroças puxadas por bois. Apaixonados, o palhaço e a bailarina se casaram, e tiveram um filho, que mais tarde assumiu o título de palhaço Moroco. “Eu queria ser de tudo, trapezista, malabarista e jogador de futebol, menos palhaço. Mas meu pai falou assim, o que eu posso te ensinar é a ser palhaço”, lembra o filho.

“Desde criancinha eu escutava as apresentações do meu pai, ele ia fazer show nas escolas onde eu estudava e me mostrava como era ser um palhaço”, completa. Celso Filho, conhecido como Moroco, começou a participar das apresentações do picadeiro ainda pequeno, aos 4 anos. No começo, entrava em pequenas cenas, como o Matraquinha, mas depois mergulhou fundo na própria essência e criou o Moroco, “Tínhamos as mesmas roupas, os mesmos sapatos e a mesma pintura, mas depois fomos mudando. Com 12 anos eu disse, peraí, já que quero levar isso a sério, tenho que fazer o meu personagem”, lembra.


As cinco gerações da família de palhaços


“Para mim, o sonho de todo pai é trabalhar é junto do filho". Orgulhoso de ver o filho plantando a felicidade no sorriso de diferentes famílias, Celso Stevanovich conta que não foi apenas ele que ensinou as palhaçadas para o pequeno, quando Celso Filho decidiu aperfeiçoar o personagem, mostrou como os dois poderiam crescer trabalhando juntos, e como existem novas maneiras de cativar o público. “Com o tempo, ele passou a me ensinar também, mostrar o que tinha de diferente”, completa.



“É uma sensação muito boa trabalhar com meu pai, já que no começo eu tinha vergonha, me dava uma segurança muito grande estar com meu pai, saber que ele vai me apoiar em tudo”. O filho retribui o sentimento de companheirismo e troca de conhecimentos, e, mesmo nos dias de conflito, deixa a marca da família, o sorriso, prevalecer em cena. “Já que trabalhamos juntos, ele cobra muito de mim e eu cobro muito dele. Mas isso acaba sendo bom para o espetáculo, porque a gente precisa se aperfeiçoar, então sempre falamos, pode ser a briga que for, passou do palco, tudo se transforma”, conclui.

“Hoje em dia, por não ter mais animais, o palhaço é uma das principais funções do circo. Então, de uma certa forma, cria um pouco mais de responsabilidade para o palhaço, que é a alma do espetáculo”, diz Moroco.

Felizes com a profissão de espalhar a alegria, pai e filho levam o sorriso e o reconhecimento do público como retribuição de tamanho trabalho. “Uma das partes mais legais é quando a gente sai do show e a galera vem falar com a gente. É uma sensação de dever cumprido”. Em família, estudam novas maneiras de aperfeiçoar o espetáculo e juntos, fazem um show encantador para todas as idades. “O palhaço tem que fazer o espetáculo e ver a reação do público, ver se agradou a plateia, o público que decide o show”.


Pai e filho em apresentação do Cirque de Amar


O espetáculo dos palhaços pode ser conferido no Cirque Amar, na avenida Padre Cícero, sentido Juazeiro (logo após a Zenir móveis). De terça a sexta, às 20h30; Sábado, às 18h e às 20h30; e Domingo, às 15:30h, às 18h e às 20h30.

Entradas a partir de:
30 reais inteira
15 reais meia

Classificação indicativa livre.

Com informações do site correio Brasiliense

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