No mês que a “Lei Seca” completa 11 anos, internação das vítimas de acidentes de trânsito cai 70% no Hospital São Raimundo, no Crato


A redução tem influência pela punição mais severa da nova lei, o valor da multa dobrou, e de maior conscientização dos motoristas e motociclistas, alega Demutran

Não se tem dados precisos dos órgãos de trânsito, municipal e estadual, sobre quantos acidentes no Crato foram provocados por ingestão de bebida alcoólica em 2019. O fato é que feriadões, períodos de festas (como este agora), há uma incidência maior de ocorrências nas estradas e, consequentemente, nas unidades hospitalares, por isso, não é demais ter atenção redobrada.

O Hospital São Raimundo, no Crato, é referência no Ceará, na prestação de serviços de Ortopedia e Traumatologia. Em média, são realizadas cerca de 150 cirurgias por mês, inclusive as de alta complexidade.

“A equipe é treinada e dedicada à ortopedia. Os auxiliares são ágeis e isso garante o bom trabalho médico, como a boa recuperação do paciente”, explica Dr. Marcel Pita, coordenador da equipe.

O HSR é conveniado com a Secretaria de Saúde do Estado, órgão que regula pacientes até da capital, e outras regiões do Ceará, para serem operados na unidade credenciada. A maioria das vítimas chega com trauma na coluna, joelho, quadril, pé e tornozelo. Os serviços de Ortopedia e Trauma funcionam 24 horas e são referência para 13 municípios do Cariri.

No primeiro semestre de 2018, o HSR atendeu quase 10 mil casos de acidentes, 60% deles relacionados ao trânsito e destes, cerca de 700 pacientes foram internados; já no primeiro semestre deste ano houve redução no atendimento trauma-ortopédico no HSR. Foram atendidos quase 7 mil pacientes e apenas 223 precisaram de internação.

Por que reduziu? “Lei Seca” na cidade (e nas estradas)

Para o assessor de Comunicação do Demutran Crato, Edilson Marques, a nova “Lei Seca” chega aos 11 anos e com bons indicativos de que “pegou”.

“A gente percebe que há mais fiscalizações dentro da cidade e nas estradas, isso intimida. Sem falar que as próprias pessoas demonstram uma maior conscientização dos riscos de beber e dirigir ou pilotar. A multa é um fato que pesa no bolso e isso também não pode ser descartado, afinal são R$ 2.934,70, veículo apreendido e CNH suspensa por um ano.”

Por Monike Feitosa – jornalista (88) 99664-1164

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