O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) anunciou uma nova técnica para identificação de sangue raro no Ceará. O novo método de genotipagem de tipo sanguíneo já está disponível no Cariri, inclusive para a identificação de doadores de sangue raro na região. Conforme o órgão, a tecnologia vai além de maneiras mais simples de se detectar o tipo de sangue. Ela é capaz de identificar diferentes características nos tipos de sangue, tanto de doadores como de pacientes, analisando-os individualmente.
A direção estadual do Hemoce mantém a expectativa de que a nova técnica também contribua para a ampliação do banco de dados de doadores na região. O método ainda auxilia no atendimento de pessoas que precisam de transfusão diferenciada. Pacientes com talassemia, anemia falciforme e doenças onco-hematólogicas que receberam transfusão recentemente, por exemplo, são alguns dos principais beneficiados com a nova metodologia.
“Esses pacientes regularmente recebem transfusão e isso dificulta e, em alguns casos, até impossibilita a identificação dos antígenos de grupos sanguíneos presentes em suas células, já que eles apresentam diferentes hemácias, ou seja, as suas e dos doadores. Utilizando a genotipagem de grupos sanguíneos, podemos fazer uma identificação precisa da classificação sanguínea, pois a avaliação é feita por meio do DNA leucócitos do sangue”, explica a diretora de hemoterapia e hematologista do Hemoce, Denise Brunetta.
Ainda conforme a diretora, o novo método permite estudar o DNA individual dos pacientes e, desse modo, determinar com maior efetividade quais os antígenos presentes nas hemácias e auxiliar em uma transfusão mais segura e com maior compatibilidade sanguínea entre doador e paciente. Atualmente, no Ceará, existem 113 doadores de sangue que apresentam diferentes tipos sanguíneos raros no mundo. As amostras de sangue coletadas nos hemocentros do Cariri serão levadas para análise em Fortaleza. O material coletado será submetido a um processo de análise e testes para que as principais características sanguíneas sejam identificadas. (Fonte: Jornal do Cariri)
via Gazeta Cariri