Anvisa atualiza exigĂȘncias para uso emergencial de vacina no Brasil


A Anvisa (AgĂȘncia Nacional de VigilĂąncia SanitĂĄria) anunciou na noite desta terça-feira (29) a atualização do guia que trata das exigĂȘncias para a solicitação de autorização temporĂĄria do uso emergencial de vacinas para a prevenção de covid-19 —doença sistĂȘmica provocada pelo novo coronavĂ­rus. A mudança no documento acontece algumas horas apĂłs reuniĂŁo do ĂłrgĂŁo com os laboratĂłrios Fiocruz, AstraZeneca e Pfizer.

Antes da mudança, os fabricantes teriam de apresentar informaçÔes sobre “a quantidade de produto acabado disponĂ­vel e cronograma de disponibilização ao paĂ­s”. No entanto, agora, a agĂȘncia pede sejam apresentados dados sobre a “previsão da quantidade de produto acabado disponível para importação e/ou disponibilização”.

A Anvisa tambĂ©m passou a recomendar a adoção do modelo de TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), a ser assinado pelo voluntĂĄrio, desenvolvido pelo governo do Reino Unido. Segundo a nota oficial, o documento “deve estar preenchido com os dados especĂ­ficos da vacina que se pretende autorizar”. 

MinistĂ©rio da SaĂșde rebate Pfizer
Mais cedo, durante coletiva de imprensa, Elcio Franco, secretĂĄrio-executivo do MinistĂ©rio da SaĂșde, rebateu a farmacĂȘutica Pfizer, que na segunda-feira (28) afirmou que nĂŁo pretende submeter seu imunizante contra a covid-19 para avaliação de uso emergencial no Brasil pela Anvisa. 

Segundo o representante da pasta, durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (29), as exigĂȘncias do ĂłrgĂŁo federal sĂŁo as mesmas feitas pela FDA (Food and Drug Administration) —agĂȘncia que regula e libera medicamentos nos Estados Unidos.

“Nos causou surpresa o laboratĂłrio [Pfizer], que na data de ontem veio esclarecer que estava com dificuldades pela grande quantidade de solicitaçÔes da Anvisa. Os aspectos solicitados pela Anvisa para autorização de uso emergencial sĂŁo os mesmos solicitados pelo FDA, nos Estados Unidos. NĂłs vamos buscar um maior diĂĄlogo com o laboratĂłrio”, explicou o secretĂĄrio.

Ontem, a empresa farmacĂȘutica afirmou que nĂŁo pretendia submeter sua vacina contra o novo coronavĂ­rus para avaliação de uso emergencial no Brasil. Por meio de nota oficial, a fabricante afirmou que o imunizante desenvolvido em parceria com a BioNTech serĂĄ apresentado em “processo de submissĂŁo contĂ­nua”, o que acredita ser “o mais cĂ©lere neste momento”.

Foto: TOMS KALNINS/EFE/EPA – 28.12.2020

Fonte: Portal R7

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