Retirada de cobradores dos ônibus é acelerada na Região Metropolitana do Cariri


A empresa ViaMetro passou a contar com mais uma rota trafegando apenas com motoristas em seus veicúlos, nessa medida o motorista passa a exercer a função de cobrador, com a ajuda do Bilhete Unico Metropolitano (BUM)

A medida visa evitar o contato direto do passageiro com o funcionário do transporte neste período de pandemia de Covid-19, bem como tornar mais rápido e fácil o processo de embarque e desembarque, evitando também riscos como a evasão de valores de passagens no transporte.

Segundo a empresa, a linha 01 – Centro/Novo Juazeiro, que faz parte da malha urbana municipal de Juazeiro do Norte, começou neste sábado com o serviço, que poderá ser ampliado para mais veículos e outras rotas da Viametro futuramente. O motorista não irá efetuar a troca de valores neste primeiro momento, recebendo apenas o cartão BUM com chip na catraca, a ser fornecido dentro do transporte aos que não o possuem por colaboradores da empresa.

É notavel que para cada veiculo que circula somente com motorista, será um emprego a menos, neste caso, o de cobrador. varias cidades do país já contam com essa modalidade de transporte, antes mesmo da chegada da pandemia, a propria empresa já circulava em algumas linhas com essa modalidade.

Opinião de associações

Os ônibus circulam 90% do tempo por entre os carros, o motorista precisa do cobrador para ajudar a orientar e sinalizar. Além disso, é o cobrador quem ajuda a embarcar e desembarcar cadeirantes e deficientes visuais, em particular em paradas nas calçadas irregulares. Ou seja, o profissional faz bem mais do que cobrar passagem – argumenta Sandro Abbade, vice-presidente do Stetpoa.
O diretor de comunicação e do departamento de medicina de tráfego ocupacional da Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, critica a dupla função nos transportes coletivos.

“A economia do empresário reduzindo o número de funcionários joga no pobre motorista uma carga de trabalho, responsabilidade e susceptibilidade para desenvolver sinais, sintomas e doenças. Em curto espaço de tempo os mais resistentes estarão buscando os ambulatórios médicos com queixas as mais variadas. Certamente serão detectados distúrbios físicos, psicológicos, sociais e em consequência a necessidade de tratamento específico, bem como a necessidade de afastamento do trabalho. Aumenta o absenteísmo, surgem doenças ocupacionais… Combatemos a desatenção na direção veicular. Não só as desatenções produzidas pela tecnologia introduzida nos veículos que são responsáveis por acidentes. Torna-se impossível imaginarmos o motorista de um coletivo tendo sua atenção voltada para cobrar passagem. Receber dinheiro, notas ou moedas, contá-las, dar troco, preocupado para não errar, observar a subida e descida de passageiros são coisas incompatíveis que levam o homem a tensão, estresse e acidente.” – disse em artigo da associação.

Com informações do site Badalo

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