De salão de beleza a restaurante: o que volta a funcionar no Ceará a partir desta segunda (12)


A partir desta segunda-feira (12), comércios e serviços estão autorizados a retomar atividades no Ceará, desde que respeitando os limites de capacidade de atendimento e os controles de horário previstos no decreto governamental divulgado no último sábado (10). 

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), Maurício Filizola afirma que a reabertura gradual envolve todas as atividades econômicas formais, como, por exemplo, salões de beleza, barbearias, restaurantes, empresas de telecomunicações, lojas de conveniência e de qualquer tipo, mas que não entram nesse escopo “comércios informais e de outras práticas”. 

Pelo decreto, comércios de rua e serviços em Fortaleza devem funcionar somente das 10h às 16 horas e com 25% da capacidade de atendimento — ou seja, uma loja com quatro funcionários, por exemplo, só poderá operar com um por turno. Shoppings, por sua vez, têm autorização para funcionar das 12h às 18h, também com limite de 25% de colaboradores.

No parágrafo 4 do artigo 7 do decreto, o Governo destaca, porém, que permanece proibido o funcionamento de academias, parques aquáticos, barracas de praia, cinemas, museus e teatros, sejam públicos ou privados. Espaços públicos também seguem fechados. Isso porque, apesar da reabertura, os números de casos e óbitos por Covid-19 no Estado seguem alarmantes.

HORÁRIO ALTERNATIVO PARA O INTERIOR

Em atendimento a solicitações do setor empresarial, novo decreto publicado neste domingo (11) possibilitou horário alternativo para os comércios e serviços no Interior do Estado, que podem optar por funcionar das 7h às 13h. 

“Tínhamos solicitado [ao Governo] essa diferenciação porque a área empresarial já tinha nos pontuado de que o atendimento, principalmente, nas cidades do Interior do estado, para o comércio, é pela manhã”, compartilhou Filizola.

De acordo com o representante do setor empresarial, essa diferenciação deve otimizar os trabalhos de fiscalização da obediência às regras sanitárias por parte dos municípios. “Queremos contribuir com a saúde e com a economia, esse é nosso papel”.

AGENDAMENTO

Compreendendo que o setor teve, pelo menos, oito meses para se adaptar à nova realidade pandêmica, Filizola acredita que as empresas já estejam melhor preparadas para retomar gradualmente suas atividades neste momento. Contudo, ele ressalta que a baixa capacidade de atendimento pode gerar transtornos como filas de clientes e consequentes aglomerações.
“Pedimos aos clientes que procurem horários propícios [para ir aos locais] e só se desloquem nas suas necessidades, para que a gente possa estar, também, contribuindo para a saúde pública”, orienta o presidente da Fecomércio. 

Uma das formas de contribuir para esse retorno seguro às atividades econômicas, segundo Filizola, é aderir aos agendamentos. “Já é uma prática. E nós incentivamos que [as empresas] continuem com esse formato, porque acaba fazendo com que o atendimento seja bem executado e de benefício para o cliente que deseja o serviço ou a compra de produtos”, diz.

PREVENÇÃO

Outro ponto reforçado por Filizola é que as empresas cumpram os protocolos internos e governamentais de prevenção à Covid-19 e prestem o devido cuidado aos seus funcionários. “É ter paciência. Em uma semana, vamos verificar a evolução disso [do plano de retomada gradual] e trabalhar para que a gente possa ter nossa plenitude de trabalho”, tranquilizou. 

Dito isso, o presidente concluiu que a expectativa para a reabertura nesta segunda-feira (12) é positiva e lembrou que “cada um dos entes que estão na sociedade tem seu papel. Nós [do comércio] temos o papel de incentivar a economia, gerar emprego e renda e sermos responsáveis, inclusive, pela arrecadação que vai para o Estado”. 

OUTRAS DETERMINAÇÕES DO GOVERNO

Além da reabertura gradual do comércio e serviço, o decreto governamental determina que todo o Estado adote toque de recolher diário, das 20h às 5h, e lockdown aos fins de semana.

Ainda conforme o documento, espaços públicos devem permanecer fechados e igrejas podem funcionar apenas com 10% da capacidade. As aulas presenciais foram liberadas para crianças de quatro e cinco de idade, que cursam a educação infantil, e para o 1º e o 2º ano do ensino fundamental, desde que em respeito ao limite de 35% da capacidade.

VEJA O QUE MUDA A PARTIR DESTA SEGUNDA (12)

O Ceará continuará em isolamento social, com toque de recolher todos os dias das 20h às 5h;

Em Fortaleza, comércio de rua e serviços, como restaurantes*, funcionarão das 10h às 16h, com 25% de capacidade de atendimento**;

No Interior, comércio de rua e serviços podem optar por funcionar entre 7h e 13h;

Shoppings, incluindo praça de alimentação, funcionarão das 12h às 18h, com limitação de 25% da capacidade;

Construção civil deve iniciar as atividades a partir das 8h;

O isolamento social rígido, ou lockdown, será mantido aos fins de semana, funcionando apenas as atividades essenciais;

Passarão a ser liberadas gradualmente algumas atividades comerciais e de serviços com 25% da capacidade, seguindo rigorosamente todos os protocolos sanitários estabelecidos pelo decreto;

Na educação, o ensino infantil, que estava liberado até os 3 anos, será ampliado, permitindo atividades presenciais para crianças de 4 e 5 anos, além do 1º e 2º ano do ensino fundamental, com 35% da capacidade;

As igrejas estarão autorizadas a receber no máximo 10% da sua capacidade. Segue recomendação para que celebrações sejam virtuais;

Algumas atividades continuarão sem liberação para avaliação do comitê;

Permanecem fechados: academias, parques aquáticos, barracas de praia, cinemas, museus e teatros, públicos ou privados;

Espaços públicos também permanecem fechados.

*Os restaurantes de hotéis, pousadas e congêneres poderão funcionar, de segunda a sexta-feira, das 16h às 20h, bem como aos sábados e domingos, desde que exclusivamente para o atendimento de hóspedes, identificados física e individualmente, cabendo aos hotéis a responsabilidade pelo controle.

📸 Shutterstock

Fonte: Diário do Nordeste

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