Fortes chuvas deixam rastro de mortes e destruição no Grande Recife


Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem

Segundo o Corpo de Bombeiros, as tragédias aconteceram no bairro de Águas Compridas e na Estrada do Passarinho, em Olinda, na Rua Córrego do Curió, no bairro de Dois Unidos e na Rua Ageu, na parte recifense do bairro de Passarinho, além do Córrego da Areia, no bairro de Caetés, Abreu e Lima.

Em Caetés, mãe e filha foram retiradas de escombros após um deslizamento de barreira que levou embora as vidas de quatro pessoas e junto com elas seus sonhos e planos para o futuro. A mãe, identificada pelos Bombeiros apenas como Ariana, de 39 anos, foi retirada consciente e levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na RMR; já a sua filha, Mariana, uma jovem de apenas 19 anos, foi retirada viva, mas não resistiu. Entre as vítimas também estão um adolescente de somente 15 anos, chamado Luiz Henrique. Pai de outras duas vítimas, Salviano, que não teve a idade revelada, também ficou sob os escombros e não resistiu.  Um homem de aproximadamente 50 anos, identificado como Adalmir, também foi retirado sem vida de debaixo da lama. Maria Eduarda, de 21 anos, que está grávida, permanece sob os escombros.

Muita lama e destroços. Esse foi o cenário visto após uma barreira deslizar e matar um casal de idosos na rua Ageu, bairro de Passarinho, Zona Norte do Recife. As vítimas estavam dentro de casa quando, na madrugada desta quarta-feira (24), foram surpreendidas pelo barro. A residência dos idosos, reformada recentemente, ficou destruída. No local, para evitar uma tragédia ainda maior, os Bombeiros interditaram várias casas que têm risco de desabamento, porque as constantes chuvas fazem com que, a todo momento, a barreira continue deslizando. 

Até o final da manhã desta quarta, o corpo do idoso continuava desaparecido e a corporação aguardava a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) desligar o fornecimento de energia na área para continuar o resgate, que passam de cinco horas. Mesmo diante do risco de novos deslizamentos de terra, vizinhos do casal se uniram aos Bombeiros para ajudar nas buscas pelo corpo da segunda vítima.

No mesmo bairro, outras duas pessoas morreram após o deslizamento de uma barreira na Estrada do Passarinho. Elas foram identificadas apenas como Elisângela e Diego.

A Zona Norte do Recife também viu outra tragédia acontecer. Por volta das 4h da manhã desta quarta-feira (24), uma árvore caiu em cima da casa de Josafá Barbosa da Costa, conhecido por seus amigos e vizinhos como Zezinho, no Córrego do Curió, em Dois Unidos. Ele trabalhava como pedreiro e ficou soterrado após conseguir tirar seus filhos de dentro de casa. “Ele saiu com os filhos, deixou eles do lado de fora e tentou voltar para pegar um objeto, móveis e infelizmente não deu”, contou um morador da localidade.

Ainda de acordo com a testemunha, vizinhos tentaram ajudar Zezinho, mas não conseguiram. “Infelizmente, a gente só escutou os gritos. Saímos de casa para tentar ajudar, mas infelizmente não teve condições”, lamentou.

Nas ruas Arcoverde e Aquarela, no bairro de Águas Compridas, em Olinda, duas pessoas morreram. Elas foram identificadas como Abraão Batista da Silva, 25 anos, e Iraci Maria da Conceição, 78, respectivamente. 

Em entrevista à TV Globo, o secretário executivo de Defesa Civil de Pernambuco, coronel Lamartine Barbosa, informou que os locais onde aconteceram os desastres eram todos monitorados pelas Defesas Civis das cidades. Apesar disso, não foi possível evitar as tragédias.

Veja a identificação das vítimas:

Recife: 

Josafá Barbosa da Costa, 34 anos –  Dois Unidos

Natalicio Vicente da Silva, 69 anos – Passarinho

Ivonete Maria da Silva, 63 anos – Passarinho

Olinda

Abraão Batista da Silva, 25 anos – Águas Compridas

Iraci Maria da Conceição, 78 anos –  Águas Compridas

Elisângela, idade não revelada – Passarinho

Diego, idade não revelada – Passarinho

Abreu e Lima

Mariana, 19 anos – Caetés

Luiz Henrique, 15 anos – Caetés

Silvano, idade não revelada – Caetés

Adalmir, 50 anos – Caetés

Acumulado de chuvas

No Recife, choveu em seis horas o previsto para oito dias, segundo a média histórica para o mês de julho. De acordo com a Defesa Civil da cidade, foi registrado um volume de 101 milímetros de chuva. Já em Olinda, entre as 19h da terça-feira (23) e às 7h desta quarta (24), choveu 245,4 milímetros. De acordo com a Apac, a média histórica para o mês de julho é de 370,6. Com isso, o município de Olinda registrou o equivalente a 20 dias de chuva em 12 horas.

Diante da persistência das chuvas, a Defesas Civis ratificam a orientação para que os moradores das áreas de risco deixem seus imóveis, devido ao solo encharcado por causa das chuvas que caem sobre a capital desde o final de semana e busque locais seguros.

Em caso de dúvidas, os órgãos podem ser acionados por meio dos telefones:

Defesa Civil do Estado de Pernambuco – (81) 3181 2490

Defesa Civil do Recife – 0800 081 3400 / (81) 3355 2115

Defesa Civil de Olinda – 0800 281 2112 / (81) 99266 5307

Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes – 0800 281 2099 ou (81) 99195 6655

Defesa Civil de Abreu e Lima – (81) 9987366296

Fonte Uol

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