Risco de desabamento do muro da Casa do Estudante, em Fortaleza, deixa residentes e vizinhos em alerta


Residentes da Casa do Estudante, no Centro de Fortaleza, estão preocupados com a estrutura do muro que fica aos fundos da Instituição, construído há 85 anos. A parede está sob risco de desabar.

Sem orçamento suficiente para a reforma, avaliada em R$ 40 mil, a direção da Casa busca apoio com órgãos oficiais e iniciativa privada para a requalificação do muro. Uma obra já aprovada, com recursos de R$ 1 milhão, não contempla o muro.

A Casa do Estudante foi fundada em 1934 para receber estudantes do interior do estado e de baixa renda, servindo como abrigo para que os jovens possam concluir os estudos na Capital. Anteriormente, a Instituição funcionava como um dos principais departamentos do Centro Estudantil Cearense (CEC), criado no início da década de 1930, com a reivindicação da militância estudantil.

Moradores da Rua Pentecoste, próximos ao prédio, começaram a reclamar da estrutura que apresenta rachaduras e tijolos expostos. “Faz dias que está assim, quebrando em baixo. É preocupante porque passam muitas crianças e idosos”, pontua o morador José Maria. A reforma mais recente no prédio, que não incluiu o muro, aconteceu há dois anos, como explica o residente e estudante de medicina, Moizéis Lima.

“Teve uma reforma na casa em 2017 na caixa da água, nos banheiros e na biblioteca”.

Para a requalificação do muro, que tem cerca de quatro metros de altura e 10 metros de comprimento, foram solicitados orçamentos e avaliações para engenheiros que atestaram o risco de desabamento. “A gente convidou quatro construtoras para fazer uma avaliação, elas confirmaram esse risco e elaboraram orçamento que está em torno de 40 mil reais”, explica Moizéis.

A reforma da estrutura que está prevista para a Casa do Estudante deve ser realizada com recursos do Governo do Estado, mas não compreende o muro. Moizéis explica que o projeto foi feito há quase cinco anos e por isso o muro não foi incluído. “Naquela época o muro não estava tão desgastado, tanto que a gente ficou sabendo que ele estava com problema há cerca de um mês porque a vizinhança veio avisar”, diz.

Agora, a direção da Casa tenta inserir um aditivo para acrescentar a reforma do muro. A Secretaria de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) foi procurada para esclarecer sobre o assunto, mas não enviou resposta até a publicação desta matéria. A Defesa Civil de Fortaleza não foi acionada para avaliar a estrutura.

A instituição não possui recursos próprios e também busca ajuda com a Prefeitura e com empresas da construção civil, como detalha Moizéis Lima. “O dinheiro que a gente tem é para manter o restaurante. São mais de 100 estudantes e quem fornece café da manhã e almoço, de segunda a sábado, é a Casa do Estudante”.         

             (G1 CE)

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