Violência contra a criança aumenta na pandemia e psicóloga faz alerta


O isolamento social imposto pela Covid-19 protege da contaminação do vírus ao mesmo tempo em que, indiretamente, estimula em algumas famílias o aumento da violência doméstica contra as crianças e adolescentes. Dados de 2020 da plataforma do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos apontam que das 95 mil denúncias que foram feitas através do disque 100, 67% eram ligadas a casos de violência contra menores dentro de casa.

As agressões, dos mais diversos tipos, são normalizadas e, em muitos casos, até passam batido por serem praticadas por pessoas que residem na mesma casa e que fazem parte do círculo social da criança. Essas experiências, segundo a psicóloga Angie Piqué, gestora Nacional do Curso de Psicologia da Estácio, têm um impacto negativo nas suas vidas quando se tornam adultas, pois ficam registradas na memória se tornando uma dolorosa recordação.

Segundo Piqué, muitos autores da psicologia consideram que nossos cérebros são moldados por nossas experiências infantis. “Esta hipótese nos coloca frente a importante tarefa de observarmos até que ponto os maus tratos, abusos, exposição à violência, estresse e experiências de adversidade precoce estão fortemente associados ao desenvolvimento de patologias e dificuldades de adaptação na vida adulta”, explica a psicóloga.

Nesse contexto, é importante refletirmos no que pode ser feito tanto para prevenir problemas futuros como para intervir de forma eficiente nos problemas já presentes entre as pessoas e suas convivências. “A formação da personalidade é, na verdade, um processo gradual e muito complexo, que passa a ser único e muito particular para cada pessoa”, comenta Angie.

De acordo com a especialista, “psicólogos do desenvolvimento destacam um conjunto de necessidades básicas que precisam ser atendidas nas crianças para que estas tenham a oportunidade de se desenvolver de forma saudável, tornando-se em adultos equilibrados”, explica. Muitas crianças crescem sem receber a atenção que precisa de forma contínua e coerente para poder estruturar o seu mundo. Isso pode trazer no futuro sentimentos de medo, desconfiança e desesperança.

Para a psicóloga, a alimentação, a proteção, o toque, o olhar, assim como receber limites e orientação fazem toda a diferença na infância. Infelizmente, segundo Piqué, o nosso sistema sociocultural não contribua para que essas necessidades básicas sejam supridas dentro de muitas famílias. “Os pais precisam estar sensivelmente disponíveis, sabendo focar nas necessidades dos filhos para poder reagir adequadamente aos sinais da criança. Através desta sensibilidade parental, a criança passa a se sentir segura e a crescer com mais equilíbrio”, conclui a especialista.

Sobre a Estácio

A Estácio é uma das maiores e mais respeitadas instituições do setor educacional brasileiro. Há mais de 50 anos, proporciona acesso a um ensino de qualidade em larga escala e de maneira única. É uma das instituições pioneiras também no ensino digital, na utilização de aplicativos educacionais e games de aprendizagem, incluindo aplicações que usam realidade virtual. Oferece aulas dinâmicas, com material interativo para que o aluno absorva com qualidade o conteúdo acadêmico. Está presente em 25 estados e no Distrito Federal, por meio do ensino presencial, e em todo o Brasil com o ensino digital, contando com mais de 600 mil alunos matriculados.

A instituição oferece cursos de Graduação e Pós-graduação, além de soluções corporativas e cursos de extensão. Aposta na tecnologia e na inovação como diferenciais para aprimorar o aprendizado, com currículos alinhados às necessidades do mercado de trabalho. A busca constante pela qualidade acadêmica e os investimentos na área de ensino geraram ótimos resultados nos últimos anos – suas instituições e cursos e são reconhecidos pelo MEC com elevados conceitos de qualidade.

Atuante em projetos que contribuem para o desenvolvimento social e cultural do País, a Estácio apoia iniciativas ligadas ao Esporte, Escola, Cidadania, Cultura, Inovação e Empreendedorismo. O Programa de Responsabilidade Social Corporativa Educar para Transformar reflete o compromisso da instituição de oferecer uma educação acessível e de qualidade e, assim, gerar um impacto positivo para a construção de uma sociedade mais justa.

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